Adolescente é obrigado a se converter ao islamismo por patrão no Paquistão

Um adolescente cristão de 14 anos, Shamraiz Masih, desapareceu em Sargodha, Paquistão, em 21 de julho. Ele foi visto pela última vez saindo para o mercado e, posteriormente, foi forçado a trabalhar em uma oficina de motocicletas. O proprietário da oficina, Rana Munir, é o principal suspeito do desaparecimento.

Após dias sem notícias, a família de Shamraiz registrou um boletim de ocorrência por sequestro. Informações indicaram que o jovem estava em uma madrassa local, onde alegou ter se convertido ao islamismo de forma voluntária. No entanto, sua família e o advogado, Tahir Naveed Chaudhry, contestam essa afirmação, alegando que a conversão foi forçada.

Shamraiz, que pertence à igreja presbiteriana, vive em situação de extrema pobreza com sua mãe viúva. Após a morte do pai, ele começou a trabalhar para ajudar a família. O advogado revelou que, no dia seguinte ao desaparecimento, uma solicitação foi feita ao tribunal em nome de Shamraiz, sob o nome islâmico de Muhammad Umar, alegando ser um adulto de 15 anos.

Questões Legais

Uma audiência foi marcada para 25 de julho, mas Shamraiz não compareceu. Em vez disso, a polícia apresentou um documento informando que ele havia prestado depoimento em Lahore, reafirmando sua conversão. O advogado acredita que a mudança de tribunal foi uma estratégia para evitar que o jovem se reencontrasse com a família.

O advogado também mencionou que tentaram envolver líderes muçulmanos locais para ajudar na recuperação de Shamraiz, mas não obtiveram resposta. O caso gerou repercussão na Assembleia Provincial do Punjab, onde legisladores cristãos pediram intervenção do governo.

Apelo à Intervenção

Falbous Christopher, presidente do comitê de direitos humanos da Assembleia, expressou preocupação com a situação. Ele questionou como um adolescente analfabeto poderia se converter ao islamismo enquanto sua família permanece cristã. O caso destaca a necessidade de medidas contra sequestros e conversões forçadas de menores no Paquistão, que ocupa a 8ª posição na lista de lugares mais difíceis para cristãos, segundo a Portas Abertas.