30 de jul 2025
Ministros franceses criticam uso excessivo de força em remoção de jovens judeus de voo
Ministros franceses pedem investigação após adolescentes judeus serem removidos de voo da Vueling, acusando a polícia espanhola de excessos.
Um Airbus A321 da Vueling se aproxima para pouso em Lisboa ao amanhecer, enquanto a lua se põe ao fundo, em 7 de fevereiro de 2023. (Foto: AP Photo/Armando Franca, File)
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Grupo de adolescentes judeus franceses é retirado de voo da Vueling na Espanha
Um grupo de 44 adolescentes judeus franceses foi removido de um voo da Vueling, que partia de Valência para Paris, em 23 de julho. A ação gerou intensas críticas e acusações de antissemitismo por parte de autoridades francesas. A polícia espanhola alegou que os jovens apresentaram comportamento disruptivo, mas a conselheira do grupo contestou essa narrativa, afirmando que a situação estava sob controle.
Ministros franceses, incluindo Aurore Bergé e Benjamin Haddad, se reuniram com a conselheira, que ficou chocada com a brutalidade da polícia. Ela relatou que foi agredida e incapacitada temporariamente durante a operação de remoção. Os ministros expressaram preocupação com o uso excessivo de força e pediram uma investigação completa sobre o incidente.
Críticas e Reações
A situação se agravou com comentários do ministro espanhol de Transportes, Óscar Puente, que se referiu aos adolescentes como "brats israelenses". Essa declaração foi amplamente criticada por trivializar o antissemitismo. Os ministros franceses exigiram que as autoridades espanholas e a Vueling esclarecessem os eventos, especialmente em um contexto de aumento de atos antissemitas na Europa.
A Vueling defendeu sua posição, afirmando que a remoção ocorreu devido a interferências nas instruções de segurança e manipulação de equipamentos de emergência. No entanto, passageiros a bordo contradizem essa versão, afirmando que o grupo estava calmo e respeitoso.
Investigação em Andamento
O incidente gerou uma onda de reações, levando o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, a manifestar sua preocupação ao CEO da Vueling. A companhia aérea anunciou que está conduzindo uma investigação interna e coletando depoimentos de outros passageiros para esclarecer os fatos.
As autoridades continuam a monitorar a situação, enquanto a discussão sobre discriminação religiosa e o tratamento de grupos minoritários ganha destaque na Europa.
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