Grupos cristãos processam governo Trump por busca de imigrantes em igrejas

Uma coalizão de grupos cristãos apresentou uma nova ação judicial em Massachusetts contra a política de imigração do governo Trump, que permite operações de fiscalização em locais sensíveis, como igrejas. O processo, protocolado em um tribunal federal, envolve o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) e sua secretária, Kristi Noem.

Os demandantes alegam que a presença de agentes federais nas igrejas prejudica as congregações, resultando em uma queda significativa na frequência e nas doações financeiras. "Congregações passaram à clandestinidade para proteger seus paroquianos", afirma a denúncia, destacando que batismos e outras cerimônias religiosas estão sendo realizadas em segredo.

A ação é apoiada por diversas denominações, incluindo a Igreja Evangélica Luterana e as Igrejas Batistas Americanas. Representados pelo grupo jurídico Democracy Forward, os líderes religiosos afirmam que a política atual viola normas históricas de proteção a locais de culto. "Invasões em igrejas violam proteções constitucionais fundamentais", declarou Skye Perryman, presidente da Democracy Forward.

Em janeiro, o DHS revogou uma política de 2011 que proibia operações de imigração em áreas sensíveis, justificando que criminosos não deveriam se esconder em igrejas. A mudança gerou críticas e ações judiciais, com líderes religiosos questionando a legalidade da nova abordagem. Em abril, um juiz do Distrito de Columbia decidiu que não havia evidências suficientes para comprovar que locais de culto estavam sendo alvos de operações de imigração.

Recentemente, relatos de agentes do ICE em propriedades de igrejas aumentaram, levando a uma queda na participação em missas. A Diocese de Nashville, por exemplo, registrou uma redução de 50% na frequência após operações de imigração. Os bispos locais expressaram preocupação com a detenção de imigrantes sem antecedentes criminais, ressaltando a necessidade de reforma no sistema de imigração.