05 de ago 2025
Missionária irlandesa é sequestrada junto a outras oito pessoas em orfanato no Haiti
Gangues sequestraram nove pessoas, incluindo uma missionária e uma criança, em orfanato no Haiti; esforços para libertação estão em andamento

Gena Heraty. (Foto: Reprodução/Facebook/Vin Retire Stress)
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No último domingo (3), nove pessoas, incluindo uma missionária irlandesa e uma criança de três anos, foram sequestradas em um orfanato em Kenscoff, nos arredores de Porto Príncipe, Haiti. A diretora do orfanato Sainte-Hélène, Gena Heraty, estava entre os sequestrados quando os agressores invadiram o local nas primeiras horas da manhã.
Os sequestradores, que não dispararam tiros, arrombaram uma parede para acessar a propriedade. O prefeito Massillon Jean confirmou que, além de Gena, sete funcionários do orfanato também foram levados. O orfanato abriga mais de 240 crianças, muitas com deficiências, e é administrado pela organização "Nossos Pequenos Irmãos e Irmãs". Gena, que vive no Haiti desde 1993, confirmou seu sequestro por telefone.
Até o momento, nenhum pedido de resgate foi feito. O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Harris, afirmou que esforços intensos estão em andamento para garantir a libertação das vítimas. Ele ressaltou que o governo irlandês mantém contato com a família de Gena e com autoridades haitianas.
Crise de Segurança no Haiti
A situação de segurança no Haiti se deteriorou drasticamente, com gangues armadas controlando cerca de 85% de Porto Príncipe. Dados da ONU indicam que, apenas no primeiro semestre de 2025, quase 350 pessoas foram sequestradas e mais de 3.100 assassinadas, resultando no deslocamento de aproximadamente 1,3 milhão de pessoas.
Apesar da crescente violência, Gena Heraty, reconhecida por seu trabalho humanitário, havia declarado anteriormente que não pretendia deixar o Haiti, afirmando que as crianças eram sua motivação para permanecer. A violência de gangues tem se intensificado em Kenscoff, onde ataques a instituições e sequestros se tornaram comuns.
A ONU também alertou que as famílias estão lutando para sobreviver em condições precárias, enfrentando riscos à saúde e à segurança. A situação no país continua crítica, com esforços de segurança sendo realizados, mas os grupos criminosos permanecem ativos e fortemente armados.
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