EspiritualidadeReligião

14 de ago 2025

Grupo muçulmano ataca retiro de jovens cristãos em evento de confraternização

Ataque a retiro cristão em Sukabumi revela crescente tensão religiosa na Indonésia e acirra debate sobre liberdade de culto no país

Uma vista aérea de uma vila perto de Sukabumi onde o ataque à villa ocorreu. (Foto: Reprodução)

Uma vista aérea de uma vila perto de Sukabumi onde o ataque à villa ocorreu. (Foto: Reprodução)

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Um retiro cristão em Sukabumi, na Indonésia, foi alvo de um ataque por uma multidão muçulmana no dia 27 de junho. Cerca de 200 pessoas invadiram uma casa onde 36 jovens cristãos participavam de atividades religiosas, resultando em vandalismo e pânico entre os presentes. Os atacantes alegaram que o local estava sendo utilizado ilegalmente como espaço de culto.

O ataque causou danos significativos à propriedade, incluindo a destruição de janelas e portões. Rita Muljartono, uma das organizadoras do retiro, relatou que a situação foi extremamente traumática, especialmente para as crianças, que ficaram com medo e tiveram dificuldades para dormir após o incidente. A polícia deteve oito indivíduos envolvidos na ação.

A legislação indonésia não proíbe a realização de cultos fora de igrejas, mas a crescente tensão religiosa tem gerado preocupações. O governo local se comprometeu a compensar a família proprietária da casa em aproximadamente R$ 31 mil pelos danos. Apesar disso, líderes religiosos e organizações de direitos humanos criticam a violência e a falta de liberdade religiosa no país.

A situação em Sukabumi reflete um padrão mais amplo de ataques a grupos cristãos na Indonésia, onde a construção de igrejas enfrenta barreiras legais severas. Em 2024, o Setara Institute registrou 402 violações de liberdade religiosa, um aumento em relação ao ano anterior. A província de West Java, onde Sukabumi está localizada, lidera em casos de violação.

A necessidade de diálogo entre comunidades religiosas foi enfatizada por Anis Hidayah, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, que destacou que a violência não é uma solução para disputas sobre permissões de culto. A situação exige uma abordagem mais compreensiva para garantir a convivência pacífica entre diferentes crenças na Indonésia.

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