Igreja evangélica se fortalece em meio a crises e tensões no Líbano

O Líbano enfrenta um cenário desafiador para a presença evangélica, que representa apenas 1% da população cristã em um país com 66% de muçulmanos. A diversidade religiosa é marcada por tensões sectárias e perseguições, especialmente de grupos radicais islâmicos. O pastor Amauri Oliveira, presidente da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT), classifica a situação como "crítica", com a igreja evangélica diminuindo em meio a um avanço do Islã.

A crise econômica agrava a situação, com altos índices de pobreza e escassez de recursos. Apesar disso, missionários têm desempenhado um papel vital, promovendo trabalhos sociais e humanitários. Eles acolhem refugiados sírios e têm gerado conversões, mesmo em um ambiente hostil. Oliveira destaca que a igreja libanesa, apesar das dificuldades, está mobilizada para ajudar os refugiados, promovendo um despertamento espiritual.

Missionários, como Pedro Alves, atuam na região do Vale do Bekaa e relatam que o evangelismo no Líbano exige cautela e respeito. O crescimento do Evangelho ocorre mais por meio de relacionamentos do que por grandes eventos. Estratégias como acampamentos e grupos de apoio têm sido implementadas para fortalecer a fé local.

A colaboração com igrejas brasileiras tem sido fundamental para a continuidade do trabalho missionário. Alves enfatiza que o apoio financeiro e a oração são essenciais para enfrentar a pobreza estrutural e garantir que o Evangelho continue a ser anunciado no Líbano.