- Um lote de café Geisha da Hacienda La Esmeralda, no Panamá, foi leiloado por US$ 30 mil o quilo, totalizando US$ 604.080.
- O leilão ocorreu no início de agosto durante o evento “Best of Panama 2025”, promovido pela Associação de Café Especial do Panamá (SCAP).
- A empresa Julith Coffee, de Dubai, adquiriu o lote, estabelecendo um novo recorde mundial.
- O valor supera o recorde anterior de US$ 10.013 por quilo, alcançado em 2024.
- A Hacienda La Esmeralda, localizada em Boquete, é conhecida por suas condições climáticas ideais e pela produção de café Geisha desde 2004.
Um lote de café Geisha da Hacienda La Esmeralda, no Panamá, foi leiloado por US$ 30 mil o quilo, totalizando US$ 604.080. O evento ocorreu no início de agosto durante o leilão “Best of Panama 2025”, promovido pela Associação de Café Especial do Panamá (SCAP). A empresa Julith Coffee, de Dubai, foi a responsável pela compra, estabelecendo um novo recorde mundial.
Este leilão não apenas superou o recorde anterior, mas também elevou o padrão do mercado global de cafés especiais. Em 2024, um lote de café Geisha natural já havia sido vendido por US$ 10.013 por quilo, um valor considerado excepcional na época.
A Fazenda e suas Características
A Hacienda La Esmeralda, localizada em Boquete, na província de Chiriquí, é propriedade da família Peterson. Situada a cerca de 2.000 metros de altitude, a fazenda se beneficia de condições climáticas ideais, como solo vulcânico e microclimas únicos, que favorecem o desenvolvimento de sabores excepcionais nos grãos de café.
A história da fazenda remonta a 1967, quando foi adquirida por Rudolph A. Peterson. Inicialmente voltada para a pecuária, a propriedade começou a focar na produção de café na década de 1980. O grande marco ocorreu em 2004, quando a Hacienda La Esmeralda apresentou ao mundo as qualidades do café Geisha, uma variedade que revolucionou a indústria de cafés especiais.
Processo de Produção
O café Geisha é uma subespécie 100% arábica, originária da Etiópia, conhecida por seu perfil sensorial único. Embora tenha sido levado ao Panamá na década de 1960 para combater o fungo da ferrugem do café, o cultivo em terras panamenhas revelou características que tornam o Geisha um dos cafés mais valorizados do mundo.
O lote recordista passou por um processo de lavagem que remove a polpa do fruto antes da secagem, resultando em um sabor mais limpo e uma acidez acentuada. Além disso, o lote foi fermentado a baixa temperatura por 48 horas, seguido de uma secagem controlada climaticamente, o que contribui para a complexidade dos sabores.
Entre na conversa da comunidade