Crossing retorna como estratégia eficaz na Premier League

No último fim de semana, o gol de Emile Smith Rowe pelo Fulham na vitória de 2 a 1 sobre o Nottingham Forest não foi o único destaque. O Arsenal também marcou um gol semelhante, com Mikel Merino aproveitando um cruzamento de Ethan Nwaneri para abrir o placar contra o Leicester. Este tipo de finalização, que se tornou comum nas últimas temporadas, reflete uma tendência crescente: em 2023-24, foram registrados 143 gols de cabeça em jogadas abertas na Premier League, o maior número dos últimos cinco anos.

As equipes têm adotado uma abordagem defensiva mais compacta, priorizando a proteção do canal central e forçando os adversários a jogarem pelas laterais. Isso resultou em um aumento significativo no número de cruzamentos, que estão voltando a ser uma estratégia eficaz. Historicamente, o número de cruzamentos em jogadas abertas caiu drasticamente desde a temporada 2003-04, mas os dados atuais indicam uma reversão dessa tendência, com um aumento notável nas oportunidades criadas a partir de cruzamentos para o fundo.

Equipes como Fulham e Arsenal têm se destacado na criação de chances a partir de cruzamentos para o fundo, com Liverpool também se destacando, especialmente com Mohamed Salah e Cody Gakpo. O estilo de jogo de Ange Postecoglou no Tottenham também enfatiza essa tática, com Brennan Johnson se tornando um exemplo de sucesso ao marcar gols a partir de cruzamentos para o fundo. A análise mostra que, enquanto algumas equipes se adaptam melhor a essa estratégia, a criação de chances a partir de cruzamentos tem se tornado uma parte fundamental do jogo.

Além disso, a utilização de cruzamentos "do mesmo lado" está ressurgindo, onde os jogadores cruzam a partir do lado correspondente ao seu pé dominante. Exemplos como Savinho e Jacob Murphy demonstram essa tendência, com ambos se destacando em suas respectivas equipes. O foco em cruzamentos de bola parada também aumentou, refletindo uma mudança tática nas equipes da Premier League, que buscam explorar espaços deixados pelas defesas adversárias. A mensagem é clara: se não é possível passar pelo meio ou por cima, a solução é contornar a defesa.