28 de jun 2025
Futebol de base na Zona Norte do Rio se sustenta com rifas e doações
Clube carioca enfrenta dificuldades financeiras, mas continua a revelar talentos no futsal, formando atletas e cidadãos comprometidos.

Isaac, com apenas 6 anos, treina no Madureira e sonha em vestir a camisa da seleção (Foto: Divulgação/Breno Mattos)
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Aos 6 anos, Isaac Ludgero já tem um sonho claro: jogar na seleção brasileira. Como ala-direita do sub-7 do Madureira Esporte Clube, ele se dedica a treinos de futsal, escola e até natação. O pequeno atleta destaca a importância do esporte em sua vida: "O futsal me ensinou a ter foco e disciplina."
Enquanto a Copa do Mundo de Clubes atrai os holofotes para o futebol carioca, clubes como Madureira, Marã, Cascadura e Piedade Tênis Clube continuam a formar novos talentos. Apesar das dificuldades financeiras, esses clubes têm um papel fundamental na formação de cidadãos e atletas. Jorge Boronga, do Madureira, enfatiza que o futsal é uma escola de valores, promovendo socialização e respeito.
O Marã, referência em futsal de base há mais de seis décadas, também se destaca. José Cesarino, conhecido como Zezinho Borboleta, ressalta que o objetivo vai além de formar atletas: "Aqui todo jovem tem espaço." O clube já revelou talentos como Matheus Gonçalves e Guga, mostrando que o futsal pode abrir portas.
Após quase uma década sem atividades, o Cascadura Tênis Clube voltou a atuar com categorias de base em 2025, graças ao esforço da comunidade. Diego Jaqueira, coordenador do clube, afirma que o foco é formar cidadãos, não apenas atletas. O clube já teve ex-atletas que chegaram à seleção brasileira, como Gerson e Pedro.
No Piedade Tênis Clube, o diretor Decco Pinheiro destaca que o futsal é uma ferramenta de inclusão social. O clube já revelou jogadores que atuam em grandes equipes, como Wellington Silva e Vinícius Vianna. Para Decco, o envolvimento da comunidade é essencial: "Nossos jogos viram eventos no bairro."
Isaac Ludgero, que treina com entusiasmo, também compartilha a paixão pelo esporte com seu irmão. Ele equilibra estudos e atividades esportivas, sempre com um sorriso. "Minha mãe fala que tenho que estudar para poder jogar bola," diz o jovem atleta. A importância de investir na base é ressaltada por Decco: "Sem apoio real, o futebol brasileiro perde seu ponto de partida."
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