Conselheiros do Corinthians solicitam expulsão de Andrés Sanchez do clube

Um grupo de conselheiros do Corinthians, vinculado ao Movimento Corinthians Grande, protocolou um pedido de expulsão do ex-presidente Andrés Sanchez. A solicitação, apresentada ao Conselho Deliberativo, é fundamentada em gastos pessoais que ele teria realizado com o cartão corporativo do clube durante sua gestão, de 2018 a 2020.

As denúncias, que emergiram em 10 de julho de 2025, foram inicialmente divulgadas em redes sociais e confirmadas por veículos de comunicação. Entre os gastos identificados estão despesas em restaurantes e viagens a locais turísticos, como Tibau do Sul (RN) e Fernando de Noronha (PE). Parte dessas despesas ocorreu após o término de seu mandato, em 2021.

Em resposta, Andrés reconheceu os débitos e se comprometeu a reembolsar o clube. Ele afirmou: "Assumo meus compromissos, resolvo os problemas e não terceirizo responsabilidades." Os conselheiros alegam que, se confirmados, os atos configuram infrações graves ao Estatuto Social do Corinthians, especificamente nos artigos 25 e 28.

Implicações Legais

Os conselheiros também mencionaram a Lei do Profut e a nova Lei Geral do Esporte, que definem como "gestão temerária" o uso de recursos da entidade para fins pessoais. Essas legislações preveem que dirigentes podem ser responsabilizados civil e criminalmente por má gestão, além de ficarem inelegíveis por até dez anos para cargos em entidades esportivas.

O pedido formaliza a solicitação para que a Comissão de Ética investigue não apenas os gastos já divulgados, mas todas as faturas do cartão utilizado por Andrés durante sua gestão. Caso as irregularidades sejam confirmadas, o grupo pede a pena máxima: o desligamento do ex-presidente do quadro associativo do clube.

Medidas Adicionais

Além disso, os conselheiros solicitaram que o departamento financeiro faça um levantamento completo de todos os cartões corporativos utilizados pela diretoria nos últimos anos. O objetivo é verificar se há outros casos semelhantes e ampliar o controle sobre os recursos da instituição. A votação sobre a expulsão de Andrés ocorrerá após o parecer da Comissão de Ética.