Parlamentares destinam emendas a clubes de futebol para apoio financeiro e técnico
Emendas a clubes de futebol geram polêmica; recursos destinados a salários e infraestrutura em vez de projetos sociais locais

Jogadores do CSA de Maceió, em partida contra o Vasco; clube alagoano foi beneficiado por emendas (Foto: Alexandre Cassiano/O GLOBO)
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Nos últimos três anos, deputados e senadores destinaram R$ 13,5 milhões a clubes de futebol, com foco em projetos sociais. O aumento dos repasses ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) intensificar investigações sobre emendas direcionadas a ONGs e prefeituras.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), torcedor do CSA, enviou R$ 1 milhão ao clube em 2022. Contudo, R$ 652 mil foram utilizados para a folha de pagamento da equipe profissional, incluindo salários de jogadores e comissão técnica. A presidente do CSA, Mirian Monte, reconheceu que o recurso foi essencial para a manutenção das categorias de base, embora tenha sido usado também no time principal.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) destinou R$ 1,5 milhão ao Operário Futebol Clube, sendo R$ 1 milhão para o time feminino e R$ 500 mil para o masculino. Ela defendeu que a emenda atende a finalidades sociais, mesmo com Campo Grande enfrentando problemas de infraestrutura, como 34 obras federais paralisadas.
Investimentos em Clubes
O Ideal Futebol Clube, em Ipatinga (MG), recebeu R$ 2,5 milhões em emendas, superando os recursos destinados à prefeitura local. O deputado Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) enviou R$ 1 milhão para atividades esportivas voltadas a jovens, enquanto a deputada Rosângela Reis (PL-MG) repassou R$ 1,2 milhão, afirmando que o dinheiro tem finalidade social.
Nikolas Ferreira (PL-MG) também enviou R$ 400 mil ao União Futebol Clube, em Divino (MG), sem critério específico para a escolha. O presidente do clube, Sidiclei Martins da Silva, destacou que os recursos são destinados às categorias de base. Os investimentos em clubes contrastam com as necessidades locais, como a precariedade do saneamento em Maceió e as obras paradas em Campo Grande.
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