Direitos de transmissão elevam receitas das principais ligas de futebol do mundo

As ligas de futebol mais valiosas do mundo, Premier League e La Liga, retornaram após o Mundial de Clubes da FIFA, atraindo a atenção dos fãs. A Premier League é avaliada em 11,77 bilhões de euros (cerca de R$ 71 bilhões), enquanto a La Liga está em 5,29 bilhões de euros (R$ 31,92 bilhões). Ambas as ligas são reconhecidas por suas robustas receitas e modelos de divisão de direitos de transmissão.

A Premier League anunciou números recordes de transmissão, prevendo US$ 15,3 bilhões em receitas globais e domésticas de mídia entre 2025 e 2028, um aumento de 17% em relação ao ciclo anterior. Essa estrutura permite que 50% do valor dos direitos de transmissão seja distribuído igualmente entre os clubes, enquanto a outra metade é dividida com base na posição final e audiência.

Por outro lado, a La Liga enfrenta desafios financeiros e busca um modelo mais equilibrado. 50% das receitas são divididas igualmente, enquanto os outros 50% variam conforme a classificação e a audiência. A intervenção do Rei da Espanha foi crucial para promover mudanças que visam um maior equilíbrio entre os clubes.

Impacto no Mercado

O impacto dessas ligas se reflete no mercado de transferências. A Premier League lidera com gastos de 2,31 bilhões de euros nesta janela, enquanto a La Liga ocupa a quarta posição com 494 milhões de euros. Essa dinâmica mostra como a visibilidade e a competitividade atraem investimentos significativos.

Especialistas como Claudio Fiorito, presidente da P&P Sport Management Brasil, destacam que a Premier League e a La Liga não apenas oferecem um alto nível técnico, mas também criam ambientes financeiramente sustentáveis. Ivan Martinho, professor de marketing esportivo, reforça que essas ligas são exemplos de como a divisão justa de receitas pode aumentar a competitividade e atrair mais patrocinadores.

No Brasil, a negociação individual dos direitos de transmissão gera disparidades financeiras entre os clubes, dificultando a formação de uma liga única. Marcelo Teixeira, presidente do Santos, e Giovane Zanardo, CEO do Internacional, enfatizam que um modelo mais equilibrado poderia impulsionar o futebol nacional, aumentando a valorização do produto e atraindo novos investimentos.