Estrangeiros investem no Brasil para conquistar o público jovem do esporte
Cresce o número de jovens brasileiros que torcem por clubes estrangeiros, com destaque para o PSG, atraindo milhares de novos alunos em sua academia

Os irmãos Henrique e Antônio são torcedores do Flamengo, mas seus passatempos e guarda-roupas também refletem o interesse por times estrangeiros (Foto: Leo Martins/ Agência O Globo)
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No Brasil, 22% da população torce por clubes estrangeiros, com destaque para os jovens. A pesquisa O GLOBO/Ipsos-Ipec revela que essa tendência é impulsionada por ídolos como Neymar e Messi, especialmente entre os adolescentes.
Os irmãos cariocas Antônio, de 12 anos, e Henrique Avzaradel, de 9, exemplificam essa nova realidade. Embora sejam torcedores fervorosos do Flamengo, também admiram o Barcelona, influenciados pelo avô catalão. Henrique é fã de Lamine Yamal, enquanto Antônio confessa que torce pelo Real Madrid quando não enfrenta o Barça. O guarda-roupas dos meninos reflete essa diversidade, com camisas de clubes como PSG, Arsenal e Manchester United.
O Paris Saint-Germain se destaca no Brasil, com 14 mil alunos em sua academia, a PSG Academy, que se tornou um sucesso desde a abertura da primeira unidade em Botafogo, em 2014. O crescimento da academia é atribuído à presença de estrelas como Neymar e Messi, que atraem jovens talentos. Igor Peres, diretor técnico nacional da PSG Academy, afirma que a chegada desses ídolos gerou um "boom" de alunos.
Influência das Redes Sociais
A popularidade dos clubes estrangeiros é amplificada pelas redes sociais e transmissões de ligas europeias. Os jovens consomem conteúdos sobre futebol em plataformas digitais, o que aumenta o interesse por times como Real Madrid, Barcelona e PSG. A La Liga, por exemplo, promove eventos em São Paulo para conectar-se com os fãs brasileiros, utilizando a moda das camisas de futebol como um atrativo.
Além disso, o mercado brasileiro se mostra promissor para clubes internacionais. O PSG, por exemplo, já conta com mais de 300 produtos licenciados no país. Bruno Koerich, CEO da Destra Licenciamento de Marcas, destaca que até clubes menos tradicionais, como Newcastle e Everton, estão iniciando programas de licenciamento no Brasil, atraídos pela alta adesão ao esporte e pelo engajamento nas redes sociais.
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