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CBF apresenta regras e funcionamento do fair play financeiro no Brasil

CBF detalha regras do fair play financeiro com ANRESF e SSF; transição ocorre em 2026–2027 e vigência plena em 2028, com limites de gasto e endividamento

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
CBF apresentou o Fair Play Financeiro da entidade nesta quarta-feira
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  • A Confederação Brasileira de Futebol apresentou, no Summit CBF Academy, as regras do fair play financeiro e do Sistema de Sustentabilidade Financeira, com vigência plena em 2028.
  • O SSF tem quatro pilares — Controle de Dívidas, Equilíbrio Operacional, Controle de Custo do Elenco e Controle do Endividamento de Curto Prazo — e prevê o registro em tempo real de transações de atletas no sistema DTMS e a divulgação no BID.
  • Foi criada a Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol (ANRESF) para fiscalizar e gerir o SSF, com transição até 2027 e vigência plena a partir de 2028.
  • Há período de transição para dívidas antigas até 30 de novembro de 2026; dívidas iniciadas a partir de 1º de janeiro passam a valer imediatamente, com advertências como sanção inicial.
  • Regras por pilar incluem: superávit operacional igual ou acima de zero; custo de elenco abaixo de setenta por cento da receita (com 80% em 2029 para primeiras divisões); endividamento de curto prazo limitado a quarenta e cinco por cento da dívida líquida sobre a receita relevante.

A Confederação Brasileira de Futebol apresentou nesta quarta-feira, 26, em São Paulo, as regras do fair play financeiro que passam a orientar o futebol brasileiro. Durante o Summit CBF Academy, o SSF foi detalhado, com a criação de uma estrutura regulatória capaz de moldar o comportamento financeiro dos clubes. A divulgação ocorreu em meio a planos já anunciados pela CBF de monitorar dívidas, custos de elenco e equilíbrio operacional.

O SSF estabelece quatro pilares: Controle de Dívidas, Equilíbrio Operacional, Controle de Custo do Elenco e controle do Endividamento de Curto Prazo. O acompanhamento ocorrerá periodicamente, com dados financeiros registrados em tempo real no DTMS, sistema que também detalha pagamentos de contratos e salários, incluindo direitos de imagem. A publicação de informações no BID depende dessas informações.

ANRESF e transição

Foi anunciada a criação da Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol (ANRESF), com autonomia decisória para fiscalizar o SSF. A agência atuará de forma independente de outros órgãos, centralizando a fiscalização das regras. O DTMS será obrigatório para todas as transações de atletas.

Cronograma e limites

Os clubes passarão por uma transição que terá datas-chave em 2026 e 2027, com vigência plena em 2028. Os limites iniciais envolvem superávit operacional, variações de gasto e endividamento. O pilar Equilíbrio Operacional exige resultado igual ou superior a zero, com aportes de capital permitidos para zerar prejuízos pela própria SAF ou por doações de mecenas, desde que não sejam recuperadas pelo clube. Alguns gastos ficam fora da conta, como base, feminino, projetos sociais e infraestrutura.

Custo de elenco e endividamento

O controle de custo de elenco estabelece teto de 70% das receitas totais para 2028, evoluindo para 80% em 2029, com ajustes para primeira e segunda divisão. Em 2026 e 2027, a fiscalização começa com advertências. O Endividamento de Curto Prazo fixa o teto em 45% da relação entre dívida líquida de curto prazo e receita relevante, também com transição para 2028.

Penalidades

As sanções progridem conforme o descumprimento: advertência, multa, retenção de receitas e restrição de inscrição de atletas, podendo chegar a dedução de pontos ou rebaixamento. O diretor da CBF Academy destaca que punições severas não são ações imediatas, exigindo série de descumprimentos para aplicação máxima.

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