- Björn Borg lançou em setembro a autobiografia Heartbeats, em Estocolmo, revelando toda a carreira, a vida pessoal e o diagnóstico de câncer de próstata extremamente agressivo, com cirurgia realizada no ano anterior.
- O livro revisita a trajetória, incluindo a rivalidade com John McEnroe e a aposentadoria precoce aos 26 anos, com detalhes sobre a final de Wimbledon de 1980.
- Borg narra o alcoolismo e o uso de drogas, afirmando que o retorno às quadras no início dos anos noventa, em Monte Carlo, salvou sua vida, ainda que os resultados em quadra não tenham correspondido ao auge.
- O sueco descreve o diagnóstico de câncer feito em setembro de 2023, a cirurgia em fevereiro e o acompanhamento médico a cada seis meses.
- Presidente de 11 títulos de Grand Slam e pentacampeão de Wimbledon, Borg comenta a relação com o filho Leo, a evolução do tênis e a importância das rivalidades para o esporte.
Estocolmo: Bjorn Borg lançou em setembro a autobiografia Heartbeats, em que detalha a carreira, a vida pessoal e os momentos decisivos de sua trajetória. O livro revela pela primeira vez o diagnóstico de câncer de próstata agressivo e a cirurgia realizada no ano anterior.
A obra revisita a rivalidade com John McEnroe, incluindo a final de Wimbledon de 1980, e explica a aposentadoria precoce aos 26 anos. Borg descreve o impacto da bebida e das drogas na juventude esportiva e o abalo emocional vivido após deixar as quadras.
Em entrevista ao El Mundo, o sueco reconhece que o retorno às quadras no início dos anos 1990 salvou sua vida. Em Monte Carlo, em 1991, ele voltou a jogar para se reencontrar, não por vontade de competir, e já via fim próximo.
Borg narra o diagnóstico recebido em setembro de 2023 e a decisão de operar em fevereiro, após enfrentar um período difícil. O atleta relata exames semestrais desde a cirurgia e afirma estar bem hoje.
O livro detalha a dificuldade durante o período sombrio, a busca por equilíbrio e o risco de morte que enfrentou. Ele também comenta as pressões da fama e a importância da família, especialmente do filho Leo, que atua no circuito profissional.
Sobre a evolução do tênis, Borg valoriza as rivalidades da sua geração e reconhece o papel de partidas históricas na popularização do esporte. Ele admite que o estilo de jogo mudou, com bolas batidas mais fortes, mas mantém o vínculo com o tênis.
A autobiografia, escrita ao longo de três anos, promete trazer mais detalhes inéditos da vida pública e privada do tetracampeão de Wimbledon. Borg reforça a ideia de que o livro chega após muitos anos de silêncio.