Hamilton revela receio de racismo antes de assinar com a Ferrari

Lewis Hamilton, heptacampeão da Fórmula 1, refletiu sobre sua transferência da Mercedes para a Ferrari, considerando não apenas os aspectos esportivos, mas também o receio de enfrentar racismo na Itália. Em entrevista à revista Time, ele afirmou: “Não quero ficar pensando nisso... não acho que isso será um problema.” Essa declaração surge em um contexto onde a Itália registrou um aumento de casos de racismo, especialmente no futebol, com pesquisas indicando que 16% dos italianos concordam com atos racistas.

Hamilton, que já enfrentou insultos raciais desde sua infância no kart, reconhece que a Ferrari apresenta um ambiente sociocultural diferente da Mercedes. Ele vê sua mudança como uma oportunidade para promover a diversidade no automobilismo, afirmando: “Finalmente tenho um ambiente de trabalho mais diversificado.” O piloto também mencionou que sua decisão foi intensa, envolvendo uma ligação do chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, que o deixou emocionado e reflexivo.

Parte do acordo entre Hamilton e a Ferrari inclui investimentos na Mission 44, sua instituição voltada para a inclusão no esporte. Recentemente, fãs notaram a presença de funcionários negros da Ferrari ao lado do piloto, o que foi celebrado nas redes sociais. Vasseur, por sua vez, destacou que, embora o desempenho seja a prioridade, a luta de Hamilton por diversidade será apoiada pela equipe.

A estreia de Hamilton como piloto da Ferrari ocorrerá no Grande Prêmio da Austrália, em 16 de março de 2025, dando início à nova temporada da Fórmula 1. O chefe da Ferrari enfatizou que busca o título de construtores e pilotos, que a equipe não conquista há 17 e 18 anos, respectivamente, enquanto se compromete a avançar na questão da diversidade.