VAR do Parazão gera descontentamento entre técnicos, jogadores e torcedores

A atual edição do Parazão introduziu o uso do VAR (árbitro assistente de vídeo) na primeira fase, mas com restrições. A ferramenta será aplicada apenas em jogos transmitidos e não permitirá a análise de impedimentos com precisão, exigindo que os árbitros decidam com base na observação direta. Até agora, dos 24 jogos realizados, 16 não contaram com o VAR, gerando críticas, como a do jogador Alexandre Santana, que defendeu que a ferramenta deveria ser utilizada em todos os jogos ou não ser utilizada de forma alguma.

O presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul, afirmou que o modelo de uso do VAR foi aprovado por unanimidade pelos clubes durante o congresso técnico. Ele destacou que a implementação gradual é necessária e segue o padrão de outras federações que já utilizam a tecnologia. No entanto, a utilização do VAR gerou interrupções significativas em algumas partidas, como no jogo entre Águia e Paysandu, que teve uma análise que durou oito minutos e 39 segundos, e no confronto entre Remo e Capitão Poço, que ficou paralisado por 18 minutos devido a uma falha técnica.

A FPF reconheceu a falha técnica que afetou o VAR na partida entre Remo e Capitão Poço, explicando que um rompimento na fibra óptica impediu a exibição das imagens. O técnico do Remo, Rodrigo Santana, expressou sua insatisfação com a situação, afirmando que a demora gera insegurança na arbitragem e afeta a experiência dos torcedores. Apesar das críticas, Gluck Paul considerou que as dificuldades são normais em um processo de implementação e que a situação está dentro do esperado.

Para evitar problemas futuros, a FPF anunciou que adotará um sistema de backup para a fibra óptica a partir da próxima rodada, garantindo uma transmissão mais estável. O presidente da comissão de arbitragem, Fernando Castro, ressaltou que o VAR já teve um impacto positivo nas decisões, corrigindo erros em gols e expulsões que poderiam ter sido perdidos.