10 de fev 2025
Clubes buscam unificação para fortalecer o Campeonato Brasileiro e enfrentar desafios comerciais
Negociações entre Libra e LFU falharam, resultando em direitos vendidos separadamente. Troca de presidentes no Flamengo gera incertezas sobre direitos de transmissão. Flamengo não renovou contrato de pay per view, podendo arrecadar menos. Luiz Eduardo Baptista nomeou ex executivo da Globo como representante do clube. CBF controla aspectos do campeonato, resistência pode surgir na unificação.
Integrantes da Libra (Foto: Divulgação)
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Encerradas as negociações pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, dirigentes de clubes enfrentam uma realidade: Libra e LFU, apesar de terem "liga" no nome, não funcionam como uma. Após quatro anos de discussões sobre a divisão de receitas, a falta de uma estrutura sólida para aumentar ganhos e reduzir despesas se torna evidente. Os cartolas, cientes dessa lacuna, iniciam novas movimentações para criar uma liga efetiva que organize o campeonato. Embora a venda dos direitos de transmissão tenha ocorrido de forma separada, a necessidade de uma gestão unificada se torna cada vez mais clara.
A situação do Flamengo é um ponto de interrogação nesse cenário. A recente troca de presidentes, de Rodolfo Landim para Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, traz implicações significativas. O Flamengo não renovou o contrato de pay-per-view para o ciclo de 2025 a 2029, o que pode resultar em uma arrecadação menor. Além disso, a nova gestão pode usar a troca de presidentes como justificativa para decisões futuras, como a possível rescisão do contrato com a Globo. A nomeação de Marcelo Campos Pinto, ex-executivo da Globo, como representante do clube no bloco, indica que Bap não pretende ficar inativo.
Fora do âmbito dos clubes, a negociação com a CBF é crucial. A confederação atualmente organiza o campeonato, incluindo aspectos como calendário e arbitragem, e gera receita com propriedades comerciais. Se os clubes decidirem criar uma estrutura profissional para gerenciar essas questões, podem enfrentar resistência da entidade. A união dos 39 clubes das Séries A e B será fundamental para garantir melhores condições nas negociações futuras.
A postura dos dirigentes, tanto em relação a Bap quanto ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, será determinante para o futuro do futebol brasileiro. A possibilidade de uma liga unificada depende da capacidade dos cartolas de se unirem em torno de um objetivo comum. A forma como esses líderes se posicionarem pode finalmente transformar o produto do futebol no Brasil, que há muito tempo clama por mudanças estruturais.
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