25 de fev 2025
Vasco da Gama solicita recuperação judicial para reestruturar dívida de R$ 1,4 bilhão
Vasco da Gama formalizou pedido de recuperação judicial para reestruturar R$ 1,4 bilhão. Acordo preliminar com credores prevê pagamento de R$ 10 milhões anuais por 10 anos. Recuperação judicial visa aumentar segurança jurídica e atrair novos investidores. Clube priorizou credores com valores menores, garantindo aprovação do plano de pagamento. Se não houver acordo, risco de falência da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é iminente.
Gestão de Pedrinho entrou com o pedido de recuperação judicial (Foto: Fernando Moreno/AGIF)
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O Vasco da Gama protocolou na última segunda-feira, 24 de fevereiro, um pedido de recuperação judicial para sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e o clube social, visando reestruturar uma dívida estimada em R$ 1,4 bilhão. O clube, que enfrenta um cenário financeiro desafiador, destacou em nota que essa decisão é crucial para garantir segurança jurídica e atrair novos investidores. O processo será conduzido pelo escritório Alvarez & Marsal, que já assessora outros clubes em situações semelhantes.
A recuperação judicial permitirá ao Vasco negociar suas dívidas de forma coletiva, suspendendo execuções e penhoras enquanto elabora uma proposta de pagamento aos credores. A proposta deve incluir descontos e prazos, comumente em torno de 80% de deságio e um período de até dez anos para quitação. A aceitação da proposta pela maioria dos credores é essencial para o sucesso do processo, evitando a possibilidade de falência da SAF.
O clube já havia tentado utilizar o Regime Centralizado de Execuções (RCE), que exigia o repasse de 20% das receitas mensais para o pagamento das dívidas. Contudo, a alta da taxa de juros, que passou de 6% para mais de 13% ao ano, tornou essa abordagem insustentável. Assim, o Vasco optou pela recuperação judicial, seguindo o exemplo de outros clubes que enfrentaram dificuldades financeiras.
Recentemente, a diretoria do Vasco conseguiu um acordo com a maioria de seus credores, estabelecendo um plano de pagamento de R$ 10 milhões por ano ao longo de dez anos, com um ano de carência. Este acordo, que envolve um deságio de 65%, foi viabilizado ao priorizar credores com valores menores, garantindo a aprovação do plano pela classe trabalhista. O clube espera que essa reestruturação permita uma recuperação financeira sólida e sustentável nos próximos anos.
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