Luighi, do Palmeiras, chora após ato racista na Libertadores Sub-20 e clama por justiça

O atacante Luighi, do Palmeiras, foi alvo de ofensas racistas durante a partida contra o Cerro Porteño, pela Conmebol Libertadores Sub-20, na última quinta-feira. O jovem de 18 anos, que já se destacou no time profissional, deixou o campo chorando após um torcedor imitar um macaco em sua direção. Luighi, que já marcou dois gols pelo time principal, expressou sua indignação em entrevista, questionando a falta de atenção ao ato racista em meio às perguntas sobre o jogo. Ele afirmou: “O que fizeram comigo é crime”.

O Palmeiras se manifestou em nota, repudiando o ato e prometendo buscar punições para os responsáveis. “É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo”, declarou o clube, que se comprometeu a ir até as últimas instâncias para garantir justiça. A Conmebol também se posicionou, afirmando que tomará “medidas disciplinares apropriadas” e que o racismo não será tolerado.

Rivais do Palmeiras, como São Paulo e Corinthians, expressaram solidariedade a Luighi, destacando a importância de unir forças contra o racismo no futebol. O São Paulo elogiou a coragem do jogador em seu desabafo, enquanto o Corinthians reiterou seu repúdio aos atos racistas. Jogadores do Palmeiras, incluindo Weverton e Marcos Rocha, também manifestaram apoio ao jovem atacante.

Luighi, que tem uma trajetória promissora no Palmeiras, foi promovido ao time principal após se destacar nas categorias de base, onde se tornou parte da chamada “geração de R$ 1 bilhão”. O episódio de racismo que enfrentou ressalta a necessidade de ações efetivas contra discriminação no esporte, um tema que continua a gerar debates intensos no futebol sul-americano.