MP denuncia Bruno Henrique por estelionato e fraude em apostas esportivas

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por sua suposta participação em um esquema de manipulação de apostas. A denúncia, formalizada nesta terça-feira, 11, envolve mais oito pessoas e se refere a crimes de estelionato e fraude em competições esportivas. O MPDFT pede penas que podem chegar a 17 anos e 8 meses de prisão e solicita R$ 2 milhões em danos morais coletivos.

A acusação se baseia em um incidente ocorrido durante um jogo do Flamengo contra o Santos no Campeonato Brasileiro de 2023. Segundo a denúncia, Bruno teria provocado um cartão amarelo intencionalmente, beneficiando familiares que apostavam na situação. O MP destaca que o jogador agiu de forma premeditada, conforme evidenciado em conversas interceptadas entre os envolvidos.

Detalhes da Denúncia

O MPDFT argumenta que Bruno Henrique, instigado por seu irmão Wander, deliberadamente criou uma situação de jogo que resultou em sua punição. As apostas relacionadas ao cartão amarelo levantaram alertas em órgãos de monitoramento, levando a uma investigação pela Polícia Federal. O jogador já havia sido alvo de um inquérito anterior, mas os desdobramentos não foram amplamente divulgados.

Além de Bruno e Wander, outros denunciados incluem familiares e amigos, que também estariam envolvidos no esquema. O MPDFT mencionou que um dos investigados, Douglas Ribeiro, fez um acordo de não persecução penal e colaborará com a investigação. A Justiça agora deve avaliar a denúncia e decidir se Bruno Henrique se tornará réu.

Implicações e Repercussões

As investigações em torno de Bruno Henrique refletem uma crescente preocupação com a manipulação de resultados no futebol brasileiro, especialmente em um cenário onde as apostas esportivas estão em ascensão. O Flamengo ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, que pode ter repercussões significativas para o jogador e o clube.

Atualmente, Bruno Henrique viaja para os Estados Unidos com a delegação do Flamengo, que disputará o Mundial de Clubes. Apesar da denúncia, ele mantém a condição legal de atuar pelo clube até que a procuradoria formalize uma suspensão.