Torcida do Inter Miami protesta e Palmeiras manda jogo em casa na Flórida

A torcida do Inter Miami, majoritariamente composta por imigrantes argentinos, está insatisfeita com a diretoria do clube. A insatisfação se deve à falta de ingressos para a Copa do Mundo de Clubes, levando a um boicote ao jogo contra o Palmeiras, marcado para segunda-feira, 23 de outubro.

Os torcedores organizados, conhecidos como "barra", decidiram não comparecer ao jogo em protesto. O líder do movimento, identificado como JC, afirmou que a diretoria ofereceu apenas setenta ingressos para cerca de mil torcedores. "Ou vamos todos ou não vai ninguém", declarou. A abertura do torneio contra o Al Ahly já havia sido marcada pela ausência da maioria dos torcedores do Inter Miami, que se sentiram sub-representados nas arquibancadas.

Protesto e Reivindicações

A proposta da diretoria de permitir a presença de torcedores com faixas e instrumentos foi rejeitada. Agustina, uma torcedora que faz parte da "barra", lamentou a situação. "Nos diretores do Boca Juniors ofereceram bilhetes, enquanto aqui cobram 300 dólares por cada entrada", disse. A insatisfação é reflexo da cultura do futebol argentino, onde as torcidas uniformizadas recebem apoio financeiro.

A chegada de Lionel Messi ao Inter Miami em 2023 intensificou a conexão do clube com a colônia argentina na Flórida. Além de Messi, contratações de jogadores como Alba, Busquets e Suárez reforçaram essa ligação. A expectativa é que a torcida do Palmeiras, conhecida por seu fervor, faça mais barulho no estádio, mesmo jogando fora de casa.

Expectativas para o Jogo

Com a ausência da torcida organizada, a expectativa é que o Palmeiras tenha um apoio mais expressivo no Hard Rock Stadium. A rivalidade entre as torcidas promete agitar o ambiente, mesmo em um jogo que deveria ser da casa do Inter Miami. JC continua buscando diálogo com a diretoria para aumentar a cota de ingressos, mas até o momento, a insatisfação persiste.