Por que jogadores continuam em campo após lesionar o ligamento cruzado anterior? Especialista explica

Durante uma partida da FA Cup entre Arsenal e Manchester United, Gabriel Jesus sofreu uma lesão no joelho aos 30 minutos, mas voltou a campo após avaliação inicial. No entanto, após mais 10 minutos, ele caiu novamente e foi retirado de maca, com o clube confirmando uma lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo. Um caso semelhante ocorreu com Jurrien Timber, que também se machucou no joelho, mas retornou para o segundo tempo, apenas para se lesionar novamente logo depois.

A complexidade das lesões no LCA é evidente, pois muitos jogadores, como Sven Botman, continuam jogando mesmo após a ruptura do ligamento. Botman revelou que jogou mais dois jogos após se machucar, sem perceber a gravidade da lesão. A situação é comum, pois a dor inicial pode ser intensa, mas rapidamente diminui, levando os atletas a ignorarem o problema.

Os fisioterapeutas realizam testes de movimento passivo e ativo para avaliar lesões no joelho. Testes como o de Lachman e o de anterior drawer ajudam a identificar danos no LCA. No entanto, a precisão do diagnóstico imediato pode ser comprometida pela musculatura forte dos jogadores e pela dificuldade em relaxar durante a avaliação em campo.

Embora muitos jogadores tentem continuar após uma lesão no LCA, isso pode agravar a situação, levando a lesões adicionais. A falta de um protocolo específico para lesões no LCA, semelhante ao de concussão, torna o diagnóstico ainda mais desafiador. Estima-se que cerca de 25% dos jogadores tentem seguir jogando após uma lesão no LCA, dependendo da gravidade e da tolerância à dor.