PFA ameaça Premier League com ação judicial contra plano de teto salarial

A Professional Footballers’ Association (PFA) ameaçou a Premier League com ações legais caso a liga tente implementar um teto salarial rígido na próxima temporada, como parte de um novo regime de fair play financeiro. A advertência foi feita em uma carta enviada à liga e seus 20 clubes, motivada por preocupações de que a Premier League votaria sobre as propostas em uma reunião de acionistas na próxima semana.

Os clubes já haviam votado, em princípio, a favor de uma regra de custo de elenco (SCR), que limita os gastos com salários a 85% da receita total dos clubes. Essa regra, já utilizada pela UEFA, visa substituir as regras de lucratividade e sustentabilidade (PSR) em vigor há uma década. A Premier League também busca implementar uma medida de controle de custos chamada "anchoring", que estabeleceria um teto rígido de gastos baseado em um múltiplo do pagamento central recebido pelo clube que terminar em 20º lugar.

A PFA se opõe fortemente ao "anchoring", pois isso imporia um limite claro aos gastos com salários, independentemente da capacidade financeira dos clubes. Essa posição é compartilhada por clubes como Manchester City e Manchester United. Por outro lado, a proposta é bem recebida por clubes de médio e baixo porte, que temem não conseguir competir com os times que frequentemente disputam competições europeias.

A PFA argumenta que a Premier League não explicou adequadamente as razões para a introdução do "anchoring". A liga, por sua vez, defende que cumpriu os requisitos do Professional Football Negotiating and Consultative Committee (PFNCC) e que as propostas de SCR foram aprovadas em reuniões anteriores. Apesar da ameaça legal, a PFA não comentou publicamente sobre a situação, embora tenha bloqueado tentativas anteriores de implementação de tetos salariais em ligas inferiores.