FA Cup: Mitos e verdades sobre os choques, horários e a seriedade dos grandes clubes

A análise da FA Cup revela uma competição que, embora vista por muitos como menos mágica, ainda apresenta surpresas e um envolvimento significativo dos grandes clubes. Desde 1960, a porcentagem de "shocks" — quando times de divisões inferiores vencem equipes da primeira divisão — caiu ligeiramente, mas ainda existem anos com altos índices de surpresas. Por exemplo, na temporada 2022-23, 28% dos jogos resultaram em upsets, incluindo a vitória do Sheffield United sobre o Tottenham e do Grimsby Town sobre o Southampton.

A quantidade de partidas realizadas aos sábados às 15h também diminuiu drasticamente. Nos últimos dez anos, o número de jogos nesse horário caiu pela metade, refletindo a mudança na programação devido a contratos de transmissão. Em 2015-16, 36 partidas começaram nesse horário, enquanto na última temporada foram apenas 15, com nenhuma na fase de quinta rodada. Essa mudança gerou preocupações sobre a perda da essência da competição.

Contrariando a crença de que os grandes clubes não levam a FA Cup a sério, os dados mostram que, desde 2000, apenas três clubes fora do "big six" venceram o torneio. Arsenal, Chelsea e Manchester City dominaram as últimas edições, evidenciando que os grandes clubes ainda priorizam a competição, mesmo com a rotação de elencos. A última vitória de um time fora do top 10 da Premier League foi do Wigan, em 2013.

Por fim, a percepção de que clubes como Chelsea e Manchester City recebem sorteios fáceis é confirmada pelos números. Desde 2015-16, Chelsea teve 15 jogos em casa contra times de divisões inferiores, vencendo todos com um impressionante saldo de 51 a 8 em gols. Essa análise revela que, apesar das mudanças, a FA Cup ainda mantém sua relevância e capacidade de surpreender.