Julgamento de Lucas Paquetá por má conduta em apostas começa nesta segunda-feira

As próximas semanas serão cruciais para Lucas Paquetá, meio-campista do West Ham, que enfrenta um julgamento iniciado nesta segunda-feira, 17 de junho de 2024, por má conduta relacionada a apostas. A Federação Inglesa de Futebol (FA) denunciou o jogador em maio de 2024, pedindo seu banimento do esporte. As acusações envolvem tentativas de influenciar o recebimento de cartões amarelos em quatro partidas da Premier League entre 2022 e 2023, especificamente contra Leicester, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth.

Paquetá é acusado de ter forçado a obtenção de cartões amarelos para beneficiar apostadores. Em resposta, o jogador se manifestou em suas redes sociais, afirmando estar "extremamente surpreso e chateado" com as acusações e negando-as integralmente. Ele declarou que cooperou com a investigação e que lutará para limpar seu nome. O julgamento deve durar cerca de três semanas, e tanto a FA quanto a defesa de Paquetá poderão recorrer da decisão a um Comitê de Apelações.

Os jogos investigados ocorreram entre novembro de 2022 e agosto de 2023, e as apostas foram feitas a partir da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, onde o jogador nasceu. As apostas incluíam valores baixos, como 7 libras (aproximadamente R$ 46), e altas, como 400 libras (cerca de R$ 2,6 mil), resultando em ganhos de até 100 mil libras (quase R$ 670 mil) para apostadores. A FA alega que Paquetá violou a Regra E5.1, que proíbe tentativas de influenciar resultados de partidas.

Se condenado, Paquetá pode enfrentar sanções severas, incluindo um possível banimento vitalício. A FA não especificou as faixas de punição, mas casos anteriores de manipulação de resultados resultaram em longas suspensões. O jogador ficou de fora da convocação da seleção brasileira para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, com o técnico Dorival Júnior alegando lesão como motivo.