Manchester United busca reestruturação após fracasso na Europa e Premier League

Após uma temporada decepcionante, o Manchester United enfrentou mais um revés ao perder para o Tottenham na final da Europa League, realizada em Bilbao. A derrota, que marca o fim de uma campanha histórica para o clube, deixa o United na 16ª posição da Premier League, longe das vagas europeias e sem a possibilidade de disputar a Champions League na próxima temporada.

O técnico Ruben Amorim, contratado em novembro após a demissão de Erik ten Hag, viu sua equipe sofrer 18 derrotas, um recorde negativo desde a criação da Premier League em 1992. A pressão sobre Amorim aumentou após a final, com questionamentos sobre seu futuro no comando do clube. O treinador declarou estar aberto a deixar o cargo caso a diretoria não o considere a pessoa certa para a função. "Se o conselho e os torcedores acharem que não sou o cara, irei embora no dia seguinte", afirmou.

Apesar das incertezas, alguns jogadores, como o lateral Luke Shaw e o meio-campista Bruno Fernandes, expressaram apoio ao treinador. Shaw destacou que Amorim é "100% o homem certo" para o cargo, enquanto Fernandes ressaltou que os resultados não refletem a capacidade do técnico. "O que aconteceu nesta temporada não mostra exatamente quem ele é como treinador", disse Fernandes.

A derrota na Europa League também trouxe à tona a possibilidade de mudanças significativas no elenco. Jogadores como Victor Lindelöf e Christian Eriksen têm contratos que se encerram, enquanto o jovem Alejandro Garnacho manifestou descontentamento após a final. "Nossa temporada foi ruim. Faltou muita coisa", comentou Garnacho. Além disso, Fernandes admitiu que pode deixar o clube se a diretoria decidir "fazer caixa".

O clima no Manchester United é de incerteza, e a última partida da temporada, contra o Aston Villa, promete ser um momento de reflexão para jogadores e comissão técnica. Mudanças são esperadas durante o verão, à medida que o clube busca se reerguer após uma das piores temporadas de sua história.