Futebol da Oceania busca profissionalismo e quer evitar goleadas de 10 a 0

Logo na segunda partida da Copa do Mundo de Clubes, o Bayern de Munique (Alemanha) impôs uma goleada de 10 a 0 sobre o Auckland City (Nova Zelândia), único representante da Oceania e um time semiprofissional. A disparidade técnica gerou críticas sobre a inclusão do Auckland no torneio, evidenciando a falta de competitividade na região.

O futebol da Oceania enfrenta desafios significativos, como a ausência de clubes profissionais e a concorrência com o rúgbi, que é mais popular. Desde 2005, a Federação de Futebol da Austrália transferiu suas seleções e clubes para a estrutura da Ásia, o que resultou em um abandono das equipes mais fortes na Oceania. O Auckland City, que conquistou 13 títulos da Liga dos Campeões da OFC, é um exemplo da luta por relevância no cenário internacional.

Desenvolvimento da Liga Profissional

Para melhorar a competitividade, a OFC está desenvolvendo uma Liga Profissional da Oceania, com previsão de início em 2026. A liga contará com oito equipes licenciadas, visando sustentabilidade financeira e esportiva. Um processo de associação foi aberto em janeiro, e a lista de clubes aprovados será divulgada em setembro.

A nova liga pretende ser uma plataforma para classificar equipes para a Copa do Mundo de Clubes e a Copa Intercontinental. O interesse é crescente, com 24 clubes manifestando interesse, incluindo quatro da Nova Zelândia e dois da Austrália. O Auckland FC, fundado em março de 2024, já se destacou ao ser campeão da temporada regular em sua estreia.

Desafios Logísticos

Os desafios logísticos na Oceania são complexos, devido à geografia do continente, que é formado por ilhas e arquipélagos. As disparidades sociais e culturais entre as nações dificultam o desenvolvimento do futebol profissional. A OFC busca enfrentar essas questões com a nova liga, que pode atrair clubes locais e fortalecer o futebol na região.