Flamengo obtém apoio para prorrogar acordo e planejar novo estádio no Gasômetro

O Flamengo avançou nas negociações para a compra do terreno do Gasômetro, com a concordância de todos os envolvidos para finalizar o processo de mediação. O prazo para o acordo foi prorrogado de janeiro para março, permitindo ao clube elaborar um novo plano para o estádio, considerando tanto o terreno quanto os custos da obra. A nova diretoria, que assumiu em janeiro, solicitou mais tempo devido à transição conturbada e à necessidade de revisar os acordos feitos pela administração anterior.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, destacou que a conclusão do acordo depende exclusivamente da vontade do Flamengo. Em entrevista, ele afirmou que "a gente tem tudo assinado", ressaltando que a nova gestão, liderada por Luiz Eduardo Baptista (Bap), está realizando um estudo de viabilidade econômica para a construção do estádio, o que levou ao adiamento da assinatura do termo final. A estimativa anterior de R$ 1,9 bilhão foi desconsiderada pela nova administração.

A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa) impôs a necessidade de obras nas tubulações de gás que atendem o terreno, complicando ainda mais o processo. Em declarações anteriores, Paes havia afirmado que os custos seriam cobertos pela prefeitura, mas a administração voltou atrás, indicando que a responsabilidade seria do Flamengo. Recentemente, Paes afirmou que a prefeitura resolverá a questão, reiterando que a construção do estádio só poderá começar após a execução dos serviços necessários.

O Flamengo já desembolsou R$ 146 milhões pela compra do terreno, incluindo R$ 138,2 milhões no leilão e R$ 7,8 milhões adicionais após perícia. A nova diretoria está ciente da importância do estádio e planeja retomar as negociações após a conclusão do novo estudo de viabilidade, que deve ser finalizado até março. A expectativa é que o projeto avance, embora não haja previsão para a conclusão da obra até 2029.