O Gran Camiño se expande e internacionaliza com novas rotas e desafios na Galícia

Jonas Vingegaard, vencedor de dois Tours, não participará de O Gran Camiño, que ocorre em fevereiro, em meio a um inverno rigoroso na Galícia. O evento, que se estende de quatro para cinco dias e se internacionaliza com a inclusão de Oporto, destaca-se pela sua filosofia, onde o caminho é mais importante que o destino. “É que eu passei muito frio”, justificou Vingegaard, que optou por competir no Algarve, onde o clima é mais ameno.

O Gran Camiño, idealizado pelo ex-ciclista Ezequiel Mosquera, não contará com grandes nomes ou equipes, devido ao calendário apertado que coincide com outras competições importantes. A corrida, de categoria 2.1, oferece apenas 14 pontos ao vencedor de cada etapa e 125 ao campeão geral, em contraste com os 200 pontos de uma corrida de um dia, como a clássica de Almería. Mosquera critica o sistema de pontos da União Ciclista Internacional (UCI), que favorece eventos de um dia em detrimento das provas por etapas.

A edição deste ano incluirá cinco rotas, uma a mais que nas edições anteriores, ressaltando a diversidade das províncias gallegas. As etapas vão de Maia a Matosinhos, passando por Marín, Ourense, Lugo e finalizando em Santiago de Compostela. Os ciclistas enfrentarão estradas estreitas e íngremes, atravessando aldeias e florestas, enquanto os torcedores celebram o Entroido, saboreando pratos típicos da região.

Os fãs esperam ansiosos pelo desempenho de ciclistas locais, como Carlos Canal, e jovens promessas como Urko Berrade. O Gran Camiño promete ser uma festa que une esporte e cultura, celebrando a tradição gallega em um cenário deslumbrante.