Esportes

COI considera reintroduzir testes de gênero para atletas em nova gestão

Kirsty Coventry assume a presidência do COI e propõe liderar a regulamentação de gênero no boxe, enquanto testes cromossômicos geram polêmica.

Kirsty Coventry, nova presidente do COI (Foto: Fabrice COFFRINI / AFP)

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Na iminência das Olimpíadas de Paris-2024, o debate sobre gênero no boxe se intensifica. O Comitê Olímpico Internacional (COI) está considerando a reintrodução de testes cromossômicos, enquanto várias federações já adotaram essa prática controversa. A nova presidente do COI, Kirsty Coventry, busca uma postura mais ativa na regulamentação de gênero, após a delegação dessa responsabilidade às federações internacionais.

Coventry, que assume o cargo na próxima segunda-feira, enfatizou a importância de proteger a categoria feminina e as atletas. Em sua visão, o COI deve liderar a discussão sobre gênero, criando uma força-tarefa para abordar as complexidades envolvidas. A World Athletics e a World Boxing já implementaram testes que exigem a ausência do cromossomo Y para a participação em competições femininas, excluindo mulheres trans e aquelas com diferenças no desenvolvimento sexual (DSD).

A reintrodução dos testes cromossômicos levanta críticas significativas. A Associação Médica Mundial e grupos de direitos humanos apontam que esses testes não são cientificamente precisos e podem ser prejudiciais para as atletas. A socióloga de gênero Madeleine Pape, da Universidade de Lausanne, argumenta que não há evidências suficientes para afirmar que atletas transgêneros possuem uma vantagem desproporcional.

Controvérsias em Foco

O caso da boxeadora Imane Khelif reacendeu o debate. A atleta argelina enfrentou controvérsias sobre seu gênero, exacerbadas por figuras públicas como Donald Trump e J.K. Rowling. A World Boxing exigiu que Khelif se submetesse a testes antes de uma competição na Holanda, mas ela não compareceu. A situação se complica ainda mais com a possibilidade de exames adicionais, que podem incluir avaliações anatômicas invasivas.

As implicações legais desses testes estão em pauta, especialmente com o Tribunal Europeu de Direitos Humanos se preparando para decidir sobre o caso da atleta Caster Semenya, que foi impedida de competir sob regras anteriores da World Athletics. A discussão sobre gênero no esporte continua a ser um tema delicado, com repercussões que vão além das competições.

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