Brasil se torna o centro mundial do beach tennis com crescimento pós-pandemia

O beach tennis, que surgiu na Itália na década de 1970, se consolidou como o centro mundial do esporte no Brasil, especialmente após a pandemia de covid-19. Em 2024, o país sediará 34 dos 59 torneios do circuito da Federação Internacional de Tênis (ITF), atraindo atletas europeus em busca de melhores oportunidades.

O italiano Michelle Cappelletti, atual número um do mundo, se mudou para São Paulo em 2022. Ele afirmou: “O esporte cresceu demais no Brasil. Vi que valeria a pena viver aqui por ter vários campeonatos durante o ano”. Sua vizinha, Sofia Cimatti, também italiana e ex-número um do mundo, destacou que, após se mudar, conseguiu viver apenas do beach tennis, algo que não era possível na Itália.

O Brasil conta atualmente com 1,2 milhão de praticantes de beach tennis, segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Em contraste, a Itália viu uma queda no número de jogadores após a pandemia, com muitos optando pelo padel. Cimatti comentou que, apesar da Itália manter torneios importantes, a cultura do beach tennis não se espalhou como no Brasil.

Oportunidades e Desafios

Embora o Brasil ofereça mais oportunidades, viver exclusivamente do beach tennis ainda é um desafio. Cappelletti afirmou que apenas os cinco melhores jogadores conseguem ter estabilidade financeira. “Os patrocínios aumentaram, mas as premiações ainda são baixas”, disse Cimatti.

Os torneios de beach tennis variam em premiação, com os de nível BT10 não oferecendo prêmios em dinheiro e os de nível BT400 podendo chegar a R$ 545,58 mil. O Brasil sediará três eventos da Sand Series em 2024, com um deles em São Paulo, que contará com uma estrutura para três mil espectadores.

A competição em São Paulo, que começa em 7 de outubro, promete ser um evento especial, com serviços premium e uma arena completa. Anderson Rubinatto, membro do comitê organizador, destacou a importância da cidade para o crescimento do beach tennis no Brasil.