Los Angeles 2028: Olimpíadas com mais mulheres, mas inchaço e desafios de sustentabilidade

O repórter cinematográfico Jonathan Santos deixou o Stade de France após a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris, realizada em 11 de agosto de 2024. Ele comentou sobre a nova fase dos Jogos, destacando a presença de Tom Cruise e a mudança de foco para Los Angeles em 2028: “É carro, ar-condicionado e rock’n’roll!” O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que a próxima edição terá o maior número de modalidades e medalhas da história, mas contará com menos atletas do que em Tóquio-2020.

O COI justificou a redução no número de atletas, que será inferior a dez mil, devido a ajustes feitos durante a pandemia de Covid-19. A inclusão de cinco novos esportes, como flag football e críquete, foi contabilizada separadamente, permitindo que o total se mantivesse dentro do compromisso da Agenda 2020+5. A sustentabilidade, um dos pilares da agenda, parece ter sido deixada de lado, com a nova estrutura priorizando um formato mais grandioso.

Por outro lado, a equidade de gênero foi um ponto positivo no anúncio. Pela primeira vez, haverá mais atletas mulheres do que homens nos Jogos de Los Angeles. O número de seleções femininas no futebol foi aumentado para dezesseis, enquanto as masculinas permanecerão em doze. Esse avanço reflete um compromisso com a igualdade, embora o número total de provas masculinas ainda supere o das femininas.

A nova presidente do COI, Kirsty Coventry, assumirá em junho, e o evento em Los Angeles pode marcar uma mudança significativa na direção dos Jogos. A expectativa é que a equidade de gênero e a inclusão sejam priorizadas, mesmo diante do desafio de evitar o retorno ao gigantismo que caracterizou edições anteriores.