19 de fev 2025
Brasil apresenta a exposição (RE)INVENÇÃO na Bienal de Veneza, unindo passado e presente
O Brasil apresentará a exposição (RE)INVENÇÃO na 19ª Bienal de Veneza, focando na relação entre natureza e cidade. A mostra é dividida em dois atos: um sobre infraestruturas ancestrais na Amazônia e outro sobre ressignificação urbana. A Plataforma Jardim destaca a substituição de irrigação por espécies nativas, promovendo sustentabilidade. A instalação utiliza materiais recicláveis e um conceito estrutural que equilibra leveza e estabilidade. A proposta dialoga com o tema da Bienal, refletindo sobre saberes tradicionais e inovação na arquitetura.
Geoglifos encontrados no estado do Acre, Brasil, 2022. (Foto: Diego Gurgel)
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A participação do Brasil na 19ª Mostra Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia será marcada pela exposição (RE)INVENÇÃO, com curadoria dos arquitetos Luciana Saboia, Matheus Seco e Eder Alencar, do grupo Plano Coletivo. A iniciativa, promovida pela Fundação Bienal de São Paulo em parceria com os Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores, busca refletir sobre as conexões entre natureza e cidade, explorando infraestruturas ancestrais e suas ressignificações no Brasil contemporâneo.
A narrativa da exposição se divide em dois atos. O primeiro revisita descobertas arqueológicas na Amazônia, mostrando como povos indígenas moldaram a paisagem há mais de 10 mil anos, desenvolvendo infraestruturas sofisticadas que integravam conhecimento técnico e manejo ambiental. Os curadores destacam que esse modelo contrasta com a atual exploração da Amazônia, frequentemente associada à devastação.
O segundo ato foca no presente, investigando como a arquitetura e a infraestrutura podem ser ressignificadas nas cidades brasileiras. A exposição apresenta pesquisas que reconhecem o valor das estratégias projetuais herdadas, explorando operações que reutilizam e reinterpretam espaços construídos. Um destaque é a Plataforma-Jardim, que substitui a irrigação constante por espécies nativas, enfatizando a integração com o meio ambiente e técnicas sustentáveis.
A proposta curatorial também reconfigura os espaços internos do Pavilhão do Brasil, dividindo-se em duas salas. A primeira apresenta elementos apoiados no chão, enquanto a segunda utiliza painéis de CLT e pedras como contrapeso, formando um sistema tensionado. Essa abordagem reforça a relação entre leveza e estabilidade, permitindo que os materiais sejam reciclados após a exposição. A participação brasileira se alinha ao tema geral da Bienal, "Intelligens. Natural. Artificial. Collective.", examinando como saberes tradicionais e contemporâneos moldam os territórios e as dinâmicas urbanas.
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