09 de mai 2025
Refúgios promovem sobrevivência e autoconhecimento em meio a crises e solidão
Refúgios contemporâneos vão além da sobrevivência; eles são espaços de transformação e autoconhecimento, como mostram projetos inovadores.
Cristina Estanislao (Foto: Reprodução)
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Os refúgios têm um significado ambíguo, representando tanto a sobrevivência em crises, como guerras e desastres naturais, quanto a busca por autoconhecimento e transformação pessoal. Atualmente, mais de 43 milhões de pessoas são consideradas refugiadas, enfrentando desafios extremos. Em contrapartida, muitos buscam refúgios como uma forma de se desconectar do mundo moderno e se reconectar consigo mesmos.
Recentemente, a arquitetura de refúgios tem sido explorada por arquitetos contemporâneos, como Kazuyo Sejima, e iniciativas como a Better Shelter, da Fundação Ikea. Esses projetos visam atender necessidades essenciais, oferecendo soluções habitacionais que promovem tanto a sobrevivência quanto a introspecção. Os campos de refugiados, que podem abrigar mais de 15 mil habitantes, se tornaram cidades temporárias, onde a permanência média é de 10 a 15 anos, transformando-se em locais de mudança e adaptação.
A história de refúgios também remete a figuras como Henry David Thoreau, que, no século XIX, se isolou em uma cabana para buscar uma vida mais simples e significativa. Thoreau acreditava que a verdadeira riqueza estava em saber prescindir do supérfluo. Essa filosofia ressoa em projetos arquitetônicos contemporâneos, que buscam o essencial e desafiam os usuários a se desconectarem das distrações modernas.
Arquitetos como Tyin Tegnestue têm criado espaços que incentivam tanto a sobrevivência quanto o autoconhecimento. Suas construções, como a Boathouse na Noruega, utilizam materiais simples para promover uma experiência de vida mais conectada à natureza. Essas iniciativas refletem a necessidade de simplificação e a busca por um estilo de vida mais autêntico.
Além disso, a Better Shelter oferece uma solução inovadora para refugiados, com estruturas pré-fabricadas que atendem a necessidades básicas. Essa abordagem destaca a importância de criar espaços que não apenas abrigam, mas também promovem o bem-estar e a dignidade. A arquitetura, portanto, se torna uma ferramenta vital na busca por refúgios que atendem tanto à sobrevivência quanto ao autoconhecimento.
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