19 de mai 2025

Madame Shirlei comanda o jogo de cartas em Ipanema
Videntes no Rio de Janeiro se adaptam após a pandemia. Narrador reflete sobre a evolução das práticas espirituais e sua própria aura.
Foto:Reprodução
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Foi antes da pandemia que o narrador descobriu ter uma aura dálmata. Durante um engarrafamento em Botafogo, uma motorista o alertou sobre sua saúde, afirmando ter visto sua aura. Ela ofereceu uma limpeza espiritual gratuita e se apresentou como Madame Letícia, uma vidente que, por anos, foi uma figura conhecida na cidade.
Recentemente, o narrador recebeu um panfleto de Madame Shirlei, que promete soluções para problemas pessoais e espirituais. O material, que destaca o "poder das cartas através da vidência", sugere que a vidente pode ajudar em questões amorosas, de saúde e até em demandas judiciais. Apesar da proposta, o narrador se mantém cético e confiante em sua própria aura.
A prática de videntes no Rio de Janeiro tem raízes profundas na cultura local. Madame Letícia e outras videntes costumavam ocupar os postes da cidade, mas a pandemia trouxe mudanças. Com a proibição de distribuição de panfletos, as videntes passaram a se adaptar ao novo cenário. O narrador, que já visitou várias videntes, observa que muitas repetem os mesmos textos, provavelmente aprendidos em cursos.
Ele recorda com nostalgia os panfletos dos anos 1980, que tinham uma linguagem mais acessível e direta. A nova geração de videntes, como Madame Shirlei, parece ter perdido essa simplicidade. O narrador, por sua vez, continua a confiar em sua aura e nos poderes que acredita possuir, mantendo-se distante das promessas das videntes contemporâneas.
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