Perfumes evocam memórias profundas e emoções intensas, revela especialista em olfato

Recentemente, Juan Mas compartilhou em uma rede social sua dor pela perda do pai, revelando que a fragrância Esencia de Loewe, que o pai usava, foi reformulada e já não possui o mesmo aroma. Essa mudança trouxe uma nova sensação de despedida e nostalgia para Juan.

Em sua publicação, Juan explicou que havia guardado o frasco da fragrância e o usou até que acabou. Ao comprar um novo, percebeu que o cheiro não era mais o mesmo. “Já não huele igual, ni huele a él. Otro adiós, supongo”, lamentou. Outros usuários se solidarizaram, oferecendo frascos antigos da mesma fragrância, ressaltando como certos aromas podem evocar memórias profundas.

A bióloga Laura López-Mascaraque explicou que os aromas têm um impacto significativo na memória e nas emoções. Os humanos possuem cerca de cinco milhões de receptores olfativos, que se conectam diretamente ao sistema límbico e ao hipocampo, áreas do cérebro responsáveis pela gestão de lembranças. Essa conexão direta faz com que o olfato seja um poderoso evocador de memórias.

Mudanças nas formulações de perfumes podem ocorrer devido a novas regulamentações ou ingredientes que não são mais permitidos. Luis Sans, diretor da boutique Santa Eulalia, destacou que, embora os perfumistas tentem manter as alterações mínimas, é inevitável que ocorram mudanças ao longo do tempo. A indústria de perfumes, por sua vez, busca constantemente inovar e surpreender os consumidores.

A experiência de Juan reflete um sentimento comum entre muitos que associam fragrâncias a momentos e pessoas queridas. Aromas como Nenuco ou Chispas podem reavivar lembranças da infância ou da adolescência, mostrando como o olfato é um canal poderoso para reviver emoções e experiências passadas.