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Pesquisadores revelam os odores surpreendentes da Roma Antiga e suas consequências

Pesquisas revelam a diversidade de odores na Roma Antiga, onde excrementos e perfumes coexistiam, moldando a experiência urbana.

A cidade antiga devia cheirar a excrementos humanos, fumaça de lenha, podridão e decomposição, carne sendo cremada, comida sendo preparada, perfumes, incenso e muitas outras coisas — Foto: Freepik

A cidade antiga devia cheirar a excrementos humanos, fumaça de lenha, podridão e decomposição, carne sendo cremada, comida sendo preparada, perfumes, incenso e muitas outras coisas — Foto: Freepik

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A Roma Antiga, famosa por sua grandiosidade, também era marcada por uma realidade olfativa intensa. Pesquisas recentes revelam que a cidade exalava odores de excrementos, fumaça, perfumes e decomposição, refletindo a complexidade da vida cotidiana.

Os textos literários e vestígios arqueológicos oferecem pistas sobre os aromas da época. O naturalista Plínio, o Velho, descreveu cheiros de plantas com termos como iucundus (agradável) e acutus (pungente). Contudo, a cidade era notoriamente suja, com banheiros frequentemente não conectados aos esgotos, resultando em um ambiente malcheiroso.

Descarte de Resíduos

Os esgotos romanos funcionavam como bueiros, levando água parada para longe das áreas públicas. Latrinas e fossas coletavam fezes, usadas como fertilizantes, enquanto a urina era empregada no processamento de tecidos. Muitos romanos viviam em apartamentos pequenos ou nas ruas, onde o cheiro de animais e resíduos era comum.

Os grandes moinhos de pedra utilizados nas padarias, movidos por mulas, também contribuíam para a poluição olfativa. O descarte de cadáveres, tanto humanos quanto de animais, não seguia um padrão fixo, e corpos em decomposição eram uma visão frequente nas ruas.

Higiene e Perfumes

A falta de produtos de higiene modernos resultava em um ambiente com odor corporal predominante. Receitas de desodorantes antigos, como a pasta feita com raiz de cardo-dourado, eram comuns. Os banhos públicos, que acomodavam várias pessoas, não eram tão higiênicos quanto se imagina.

Os romanos utilizavam azeite de oliva para a limpeza, que era raspado da pele com um strigil. Embora houvesse perfumes e incensos, a literatura não descreve detalhadamente os aromas usados para ungir estátuas, mas registros mencionam o uso de rosas.

A cidade antiga exalava uma mistura de dejetos, fumaça, podridão e perfumes, criando um ambiente que, para os romanos, era parte da vida cotidiana. O historiador Neville Morley sugere que esses odores eram percebidos como os cheiros de casa, refletindo a complexidade da civilização romana.

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