São Paulo lidera consumo de sorvete no Brasil e revela amor pelo doce gelado

São Paulo se destaca como a capital do sorvete no Brasil em 2024, impulsionada por uma nova onda de sorveterias artesanais que priorizam ingredientes naturais e inovadores. A pesquisa da Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (ABRASORVETE) revela que a cidade lidera o consumo da sobremesa, refletindo uma rica tradição que remonta a mais de 4 mil anos.

O sorvete moderno começou a se popularizar no Brasil no século XVIII, chegando pelo porto do Rio de Janeiro. Em São Paulo, a primeira sorveteria, a Alaska, foi inaugurada em 1910 e rapidamente se tornou um marco cultural, introduzindo sabores icônicos como a banana split. Após mais de um século de funcionamento, a Alaska fechou em 2019, mas deixou um legado significativo.

Nos últimos anos, o cenário do sorvete na cidade passou por uma transformação, com o surgimento de sorveterias que valorizam a produção artesanal. Estabelecimentos como a Frida e Mina, em Pinheiros, e a Sorveteria São Lourenço, reconhecida internacionalmente, têm atraído a atenção do público com suas propostas criativas e ingredientes frescos. A L’Albero dei Gelati, por exemplo, combina técnicas italianas com insumos brasileiros, oferecendo gelato feito diariamente sem aditivos.

A nova geração de sorveterias, como a Lumi Creamy e a Cangote Sorvetes, destaca-se pela inovação e pela utilização de ingredientes 100% brasileiros. Esses pequenos negócios têm contribuído para a construção de uma identidade única para o sorvete brasileiro, com sabores que refletem a diversidade cultural do país.

Para reconhecer essa evolução, o Prêmio Paladar homenageará, em 2024, os estabelecimentos que moldaram a cultura do sorvete em São Paulo. A categoria "Honra ao Mérito" busca destacar aqueles que, ao longo dos anos, contribuíram para a rica história dessa sobremesa na cidade.