16 de jan 2025
O fenômeno do zombieing: como lidar com o retorno inesperado de ex-namorados nas redes sociais
O termo "zombieing" descreve o retorno a relações sem explicação, popularizado nas redes sociais. Especialistas afirmam que essa prática reflete vínculos superficiais e dificuldades emocionais. O fenômeno é impulsionado pela facilidade de comunicação nas plataformas digitais. Casos de "zombieing" geram confusão emocional e podem afetar a autoestima das pessoas. A falta de responsabilidade afetiva torna as reaproximações problemáticas e prejudiciais.
"Uma cena da série 'Os anos novos', na qual o casal protagonista se reencontra após muito tempo sem se ver. (Foto: Movistar +)"
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As redes sociais têm se tornado fundamentais na vida da geração Z, influenciando até mesmo suas relações amorosas. Termos como red flags, que indicam comportamentos problemáticos, e ghosting, que se refere ao término abrupto de uma comunicação, são cada vez mais comuns. Recentemente, o conceito de zombieing ganhou destaque, descrevendo a prática de retomar relações que pareciam encerradas. A psicóloga María Padilla explica que esses termos ajudam as pessoas a nomear experiências comuns, facilitando a discussão sobre elas em plataformas como TikTok e Instagram.
A popularidade do zombieing, segundo Padilla, se deve ao poder das redes sociais em disseminar esses conceitos, tornando mais fácil para ex-parceiros reatarem sem um esforço significativo. A facilidade de desconectar e reconectar por meio de um simples "like" ou emoji contribui para que muitos evitem confrontar emoções diretamente. A psicóloga Lucía Jiménez ressalta que essa dinâmica permite que pessoas voltem sem precisar justificar suas ações, o que pode gerar confusão e insegurança nos envolvidos.
Depoimentos de pessoas que vivenciaram o zombieing revelam a complexidade emocional dessa prática. Carlota Gómez, de 30 anos, e Lucía Ramírez, de 31, compartilham experiências de confusão e insegurança após serem deixadas de lado e, posteriormente, recontatadas. As especialistas concordam que a superficialidade nas relações atuais contribui para a popularidade do termo, refletindo um consumismo emocional que dificulta a formação de vínculos profundos.
Além disso, muitos que retornam a relacionamentos o fazem por solidão ou necessidade de validação, sem a intenção de estabelecer um compromisso sério. A psicóloga María Victoria Sánchez López observa que a falta de comunicação clara é um problema recorrente, deixando as pessoas confusas e sem entender o que realmente ocorreu. A reabertura de feridas emocionais e a sensação de ser um "plano B" podem impactar negativamente a autoestima e a confiança nas relações futuras, conforme apontam as especialistas.
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