Verão traz inovações inusitadas: chuveiros portáteis e coolers com som dominam as praias

A aposentada Nair Turano desfrutava de uma tarde ensolarada na Praia das Pitangueiras, no Guarujá (SP), onde a temperatura alcançou 35°C. Para se refrescar, ela utilizava um miniventilador de mão com borrifador, adquirido por cerca de R$ 30. A presença de "bugigangas tecnológicas" se tornou comum entre os banhistas, com caixas de som bluetooth e coolers com som integrado, que contrastam com a tranquilidade do mar.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), reforçou a proibição de aparelhos sonoros nas praias, enquanto em Cabo Frio, o prefeito Dr. Serginho (PL) mostrou os equipamentos apreendidos. Uma placa em Santa Catarina pede silêncio, destacando que o barulho do mar é preferível à música. Um argentino criou um dispositivo que silencia aparelhos bluetooth, mas o equipamento é ilegal no Brasil por falta de homologação da Anatel.

Entre os banhistas, um chuveiro portátil de 25 litros, comprado por R$ 200, e um pulverizador adaptado para a praia se destacam. Carrinhos de mão, que agora incluem mesas e porta-copos, ajudam a transportar esses itens. A professora Maiara Kososki, da PUC-PR, analisa que essa mudança reflete um desejo por conforto e praticidade, intensificado pela pandemia, levando a um consumo crescente de produtos não duráveis.

A mãe Thaissa Mazarin Oliveira trouxe diversos itens para sua filha de três meses, incluindo um miniventilador adaptado e um berço dobrável. O empresário Antonio Leonel Garrocini também se destacou ao levar um barril de 50 litros de chope artesanal para a praia, mostrando a busca por experiências personalizadas e confortáveis entre os frequentadores.