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A cidade e as crianças: a urgência de resgatar as brincadeiras de rua

O autor destaca a importância das brincadeiras de rua na cultura infantil. O projeto "Ecologia Amorosa das Brincadeiras de Rua" visa resgatar esses espaços. A adultização das crianças limita suas interações sociais e amizades. A cidade moderna prioriza o consumo em detrimento do brincar livre. O autor defende que a pedagogia deve valorizar a ludicidade e a criatividade.

Foto: Reprodução

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A cultura infantil e suas brincadeiras de rua são temas centrais no debate sobre a formação social e afetiva das crianças. O autor destaca que "as ruas vivem quando são dos erês e morrem quando são dos carros", enfatizando a importância do espaço urbano como ambiente de interação e aprendizado. Ele planeja criar um manual chamado "Ecologia Amorosa das Brincadeiras de Rua", que reunirá as regras de jogos tradicionais, como amarelinha e pique-bandeira, ressaltando que a cultura não se limita a eventos, mas abrange a forma como as comunidades vivem e se expressam.

O texto também menciona a relevância de brincadeiras como "pular carniça" e "caxangá", que têm raízes históricas e culturais profundas. O autor critica a adultização das crianças e a infantilização dos adultos, observando que a "agônia da rua como lugar de encontro" prejudica as amizades infantis, que se tornam restritas ao ambiente escolar e familiar. Ele argumenta que a escola, ao normatizar comportamentos, limita a diversidade de experiências que a rua poderia proporcionar.

Além disso, o autor aponta que as crianças de hoje estão sobrecarregadas de atividades e consumindo produtos prontos, o que as afasta da experiência lúdica essencial. Ele lamenta que a cidade, em vez de ser um espaço de aprendizado e interação, se transforme em um "presídio de crianças", onde a circulação de mercadorias prevalece sobre a convivência social. A falta de consulta às crianças em reformas urbanas, como na praça Xavier de Brito, exemplifica a desconsideração do poder público em relação às necessidades infantis.

Por fim, o autor defende que a "pedagogia infantil" deve priorizar o brincar, permitindo que as crianças desenvolvam suas habilidades de forma lúdica. Ele conclui que a humanização do mundo passa pela valorização do espaço urbano como um local de folguedo e encantamento, essencial para o desenvolvimento saudável das crianças. Este texto é parte do livro "O corpo encantado das ruas", publicado em 2019, e reflete uma visão crítica sobre a relação entre espaço urbano e cultura infantil.

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