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Alemanha celebra o carnaval com humor e tradição, mesmo sem samba ou axé

O carnaval de Colônia, com raízes romanas, é uma tradição de sátira política. Em 2025, a festa critica Donald Trump, mantendo a tradição de deboche. A Weiberfastnacht inicia a folia, que culmina na expiação na Quarta Feira de Cinzas. Carros alegóricos e personagens como o Príncipe marcam a história do evento. O carnaval evoluiu de festividades pagãs a uma celebração organizada desde 1823.

Um grupo de foliãs celebra o carnaval de 2025 em frente à Catedral de Colônia, na Alemanha: a cidade tem o carnaval mais famoso do país. (Foto: Ina Fassbender / AFP)

Um grupo de foliãs celebra o carnaval de 2025 em frente à Catedral de Colônia, na Alemanha: a cidade tem o carnaval mais famoso do país. (Foto: Ina Fassbender / AFP)

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A Alemanha, embora não tenha ritmos como samba ou axé, celebra o Carnaval com entusiasmo, especialmente nas regiões oeste e sul do país. Os festejos, que ocorrem em fevereiro ou março, são mais populares em estados como Baviera, Baden-Württemberg e Renânia do Norte-Vestfália, cada um com suas tradições. Em cidades como Colônia e Dusseldorf, o carnaval, conhecido como "Karneval", destaca-se por desfiles de carros alegóricos que frequentemente satirizam figuras políticas e abordam questões sociais.

O carnaval de Colônia, o mais famoso da Alemanha, teve sua primeira edição organizada em 10 de fevereiro de 1823. Desde então, surgiram personagens icônicos como o Príncipe, a Donzela e o Camponês, além de tradições como os desfiles na Rosenmontag (Segunda-Feira das Rosas). Os carros alegóricos, repletos de ironia, são um dos principais atrativos, com críticas a líderes como Vladimir Putin e Donald Trump. A festa começa antes, na Weiberfastnacht (Quinta-Feira das Mulheres), quando as ruas se enchem de foliões.

As festividades incluem desfiles, festas nas ruas e apresentações musicais em diversos palcos. Embora a música tradicional alemã predomine, há espaço para influências brasileiras, como o samba. Na Quarta-Feira de Cinzas, cada cidade encerra a folia de maneira única; em Düsseldorf, um boneco de papelão é queimado, enquanto em Colônia, o Nubbel, um boneco de palha, é incinerado para expiar os pecados dos foliões.

A tradição do carnaval em Colônia remonta ao Império Romano, quando a cidade celebrava a Saturnália. Com o tempo, as festividades pagãs foram adaptadas pela Igreja Católica, ocorrendo antes da quaresma. O carnaval passou por diversas transformações ao longo dos séculos, sendo suspenso durante a invasão napoleônica. Após a saída dos franceses, em 1822, um comitê foi formado para revitalizar a festa, culminando na primeira edição organizada do carnaval moderno em 1823, sob a liderança do primeiro "Príncipe do Carnaval de Colônia".

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