22 de mar 2025
Cariocas resgatam máquinas de escrever, fotos analógicas e CDs em meio ao digital
Reviver práticas do passado, como locadoras e fotografia analógica, revela um anseio por conexão em meio à era digital. Conheça as iniciativas que resgatam essa nostalgia.
Moradora de Santa Teresa, Floriza Rios vende e repara máquinas de escrever (Foto: Ana Branco)
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Em um cenário digital em constante evolução, muitos buscam reviver práticas do passado, como o uso de máquinas de escrever e a fotografia analógica. José Carlos Alves Menezes, proprietário da Storm Locadora e Vídeo, destaca que, desde a chegada do streaming, o aluguel de DVDs caiu para apenas 10% do que era anteriormente. Para se adaptar, ele começou a vender CDs e livros, mantendo um acervo de 30 mil DVDs, 15 mil CDs e 30 mil livros. O aluguel de um DVD custa R$ 8, e ele observa um aumento no interesse por filmes nacionais, especialmente após o Oscar de “Ainda estou aqui”.
A nostalgia também se reflete em outros negócios. Lulu Gaffrée, que monta álbuns de fotografia, percebeu uma queda na demanda após a pandemia, com muitos clientes acima de 50 anos. Ela cobra R$ 27 por folha e acredita que as fotos digitais acabarão sendo lamentadas no futuro. Floriza Rios, da loja online Flor Vintage, vende e restaura máquinas de escrever, atraindo clientes que buscam reviver experiências da infância. Ela observa que muitos compram máquinas por frustração de não terem usado uma antes.
A busca por experiências tangíveis se estende à fotografia. Vanessa Real, criadora de conteúdo, utiliza câmeras digitais e analógicas, buscando uma conexão mais autêntica com os momentos que registra. Ela nota que a curiosidade por câmeras analógicas é crescente entre os jovens, que desejam se desconectar do digital. O laboratório fotográfico da Galeria da Gávea, fundado em 2009, promove a fotografia analógica, permitindo que visitantes ampliem negativos, reforçando o valor dessa prática em um mundo dominado pelo digital.
Por fim, Fred Woods, CEO do Grupo Woods Wine, transformou um Citroën H-Type de 1947 em um wine truck, unindo suas paixões por carros antigos e vinho. Ele planeja levar o veículo a eventos, destacando a fuselagem charmosa do carro. Essas iniciativas refletem uma busca por autenticidade e conexão com o passado em um mundo cada vez mais digitalizado.
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