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Investigar pretendentes online gera dilemas éticos e desafios nos encontros modernos

O uso de inteligência artificial para investigar potenciais parceiros em aplicativos de namoro levanta questões éticas. Recentemente, a jornalista Jemima Kelly compartilhou que um pretendente utilizou o ChatGPT para criar um perfil psicológico detalhado dela, o que gerou debates sobre a legitimidade dessa prática. Pesquisas mostram que muitos usuários buscam informações online antes de encontros, mas até que ponto isso é aceitável? Especialistas divergem: enquanto alguns defendem a pesquisa como uma forma de segurança, outros alertam para os riscos de invasão de privacidade. A discussão se intensifica em um cenário onde a autenticidade e a segurança nas relações são cada vez mais desafiadas.

Uma imagem de um grupo de pessoas em uma manifestação em apoio à igualdade de direitos. (Foto: Reprodução)

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O uso de aplicativos de namoro e a pesquisa sobre potenciais parceiros online são práticas comuns. Uma pesquisa da Avast revela que uma em cada duas pessoas que utilizam esses aplicativos busca informações sobre seus matches. Nos Estados Unidos, esse número sobe para setenta e sete por cento. Recentemente, a jornalista Jemima Kelly compartilhou uma experiência inusitada: um pretendente usou o ChatGPT para criar um perfil psicológico detalhado dela, levantando questões éticas sobre o uso da inteligência artificial (IA) para investigar pessoas sem consentimento.

No relato publicado no Financial Times, Kelly descreve como seu date utilizou a IA para elaborar um perfil psicológico de oito páginas. O pretendente afirmou que a IA o ajudou a entender que ela era "intelectualmente curiosa, independente e firme em suas convicções". Essa abordagem gerou reflexões sobre a legitimidade de se acessar informações de forma tão minuciosa. A própria IA, ao ser questionada sobre a ética desse uso, respondeu que elaborar perfis psicológicos sem o conhecimento da pessoa pode ser invasivo e injusto.

A discussão sobre a pesquisa de informações antes de encontros é complexa. Cinquenta e seis por cento das pessoas afirmam que buscam saber mais sobre seus matches, enquanto trinta e oito por cento o fazem para confirmar a autenticidade da pessoa. Especialistas em relacionamentos e cibersegurança divergem sobre a necessidade de investigar potenciais parceiros. Alguns defendem que essa prática pode evitar encontros problemáticos, enquanto outros alertam para o risco de invasão de privacidade.

A psicóloga clínica Venus Nicolino sugere que gastar dez minutos em redes sociais pode ser suficiente para verificar a autenticidade de um perfil. Contudo, ela adverte que isso pode tirar parte do mistério que torna os primeiros encontros interessantes. A evolução das relações amorosas na era digital traz à tona a dúvida: até onde vai a curiosidade saudável e onde começa a invasão de privacidade?

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