24 de mar 2025
Desfiles de inverno 2025 mostram queda na inclusão de modelos curvilíneas nas passarelas
Desfiles de inverno 2025 revelam queda alarmante na presença de modelos plus size, enquanto silhuetas fabricadas dominam as passarelas.
Relatório de Inclusão de tamanhos da Vogue Business Inverno 2025 (Foto: Reprodução/ Vogue Runway)
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As passarelas de inverno 2025 apresentaram uma diversidade de silhuetas que acentuam as curvas, com destaque para seios falsos na Duran Lantink e sutiãs cônicos na Miu Miu. No entanto, a representação de modelos curvilíneas caiu drasticamente. Um relatório do Vogue Business indicou que, dos 8.703 looks em 198 desfiles, 97,7% eram de tamanho pequeno (EUA 0-4), 2% de tamanho médio (EUA 6-12) e apenas 0,3% plus size (EUA 14+). A presença de modelos plus size diminuiu de 0,8% para 0,3%, enquanto modelos de tamanho médio caíram de 4,3% para 2%.
Anastasia Vartanian, criadora de conteúdo de moda, observou que a tendência de curvas exageradas começou a se destacar na alta-costura de verão 2024, em desfiles como os de Maison Margiela e Schiaparelli. Em sua coluna, ela argumenta que é mais fácil para as marcas criar curvas por meio do design do que escalar modelos curvilíneas. “Essas curvas são mais fáceis de controlar”, afirma Vartanian, ressaltando que isso reflete uma questão de desejabilidade em relação aos corpos maiores.
A estilista Kim Russell criticou a apresentação de peitos falsos na Duran Lantink, descrevendo-a como “cômica” e desconfortável. Ela expressou que a peça masculina era genérica, enquanto a representação feminina parecia ridicularizar corpos reais. O designer Duran Lantink, em comunicado, afirmou que a intenção era empoderar as mulheres como figuras de ação, mas essa abordagem gerou controvérsia sobre a aceitação de corpos naturais.
Dan Hastings-Narayanin, editor adjunto da agência The Future Laboratory, comparou a tendência das silhuetas exageradas ao fat suit, um traje teatral que pode ser usado ou removido. Ele argumenta que essas representações nas passarelas não refletem a diversidade corporal real, mas sim um controle sobre quais corpos são considerados aceitáveis. “A moda atual está usando o volume como um figurino”, conclui Hastings-Narayanin, apontando para a exclusão de corpos gordos das passarelas.
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