Lifestyle

Homens mantêm domínio em cargos criativos na moda feminina

A indústria da moda enfrenta uma crise de representatividade, com homens dominando cargos de liderança, mesmo com a maioria feminina na base.

Diretores criativos Jonathan Anderson, Thom Browne e Pierpaolo Piccioli no Metropolitan Museum of Art, Nova York, em 6 de maio de 2024 (Foto: Jeenah Moon/Reuters)

Diretores criativos Jonathan Anderson, Thom Browne e Pierpaolo Piccioli no Metropolitan Museum of Art, Nova York, em 6 de maio de 2024 (Foto: Jeenah Moon/Reuters)

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Recentes mudanças nas direções criativas de grandes casas de moda revelam uma persistente desigualdade de gênero na indústria. Entre as nomeações para 2024 e 2025, destacam-se Jonathan Anderson na Dior e Matthieu Blazy na Chanel, enquanto apenas algumas mulheres, como Sarah Burton, foram promovidas.

A "dança das cadeiras" inclui a saída de Pierpaolo Piccioli da Valentino, que assumiu a Balenciaga, e Virginie Viard, que deixou a Chanel após a morte de Karl Lagerfeld. Apesar de as mulheres representarem 78% das formadas em escolas de moda e 73% dos empregados em lojas de vestuário, a maioria dos cargos de prestígio continua nas mãos de homens.

Dados da empresa Parity.org mostram que, embora as mulheres sejam responsáveis por 70% das decisões de compra no setor, menos de 50% das marcas femininas conhecidas são lideradas por mulheres. Um estudo da Business of Fashion revela que apenas 40,2% dos designers à frente de 313 marcas nas principais semanas de moda são do sexo feminino. Além disso, apenas 14% das grandes marcas têm uma mulher em posição executiva.

A História da Moda e a Exclusão Feminina

Historicamente, a moda foi dominada por homens, desde os alfaiates da corte até os grandes nomes da alta-costura. O surgimento de mulheres como Coco Chanel e Elsa Schiaparelli no início do século 20 trouxe mudanças, mas muitas vezes essas pioneiras foram substituídas por homens. A dinâmica atual reflete uma estrutura que ainda dificulta a ascensão feminina.

As recentes nomeações de 2024 e 2025, como Michael Rider na Celine e Haider Ackermann na Tom Ford, reforçam essa realidade. Entre as poucas mulheres nomeadas, Louise Trotter na Bottega Veneta e Veronica Leoni na Calvin Klein representam uma minoria em um cenário dominado por homens.

Desigualdade e Diversidade

A falta de diversidade na indústria da moda vai além do gênero. Designers não brancos são ainda mais raros em posições de liderança, evidenciando uma exclusão que requer atenção. O Prêmio LVMH para Jovens Designers, por exemplo, teve apenas uma mulher entre as três vencedoras em 2024 e duas entre as oito finalistas em 2025.

Esses dados ressaltam a necessidade de uma análise mais profunda sobre a desigualdade de gênero e raça na moda. A estrutura atual não apenas perpetua a exclusão, mas também limita a diversidade de narrativas e perspectivas que poderiam enriquecer o setor.

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