Lifestyle

Moda exige sacrifícios: vale a pena sofrer para se destacar?

Celebridades expõem o sofrimento causado por roupas apertadas, questionando padrões de beleza que ainda dominam a moda feminina.

Kim Kardashian: a celebridade ficou praticamente sem respirar para caber no vestido metalizado de John Galliano (Foto: @kimkardashian/Instagram)

Kim Kardashian: a celebridade ficou praticamente sem respirar para caber no vestido metalizado de John Galliano (Foto: @kimkardashian/Instagram)

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Recentemente, celebridades como Kim Kardashian e Marina Ruy Barbosa trouxeram à tona as dores e desafios enfrentados em nome da beleza. Durante o Met Gala de 2024, Kardashian revelou que o vestido de John Galliano a fez sentir uma dor intensa, comparando a experiência a não conseguir respirar. Em um evento da amfAR, Ruy Barbosa exibiu um ombro roxo, resultado do esforço para usar um vestido de Olivier Rousteing, que pesava mais de 15 quilos.

História da Moda e Sofrimento Feminino

Historicamente, a moda feminina tem sido marcada por práticas que impõem sofrimento. O espartilho, por exemplo, foi utilizado desde o século XVI para modelar o corpo feminino, simbolizando a repressão. No século XIX, a busca pela "cintura de vespa" se tornou um padrão, levando a um desconforto extremo. A peça, que deveria ter sido abandonada, ressurgiu nas redes sociais, levantando questões sobre os padrões de beleza contemporâneos.

A trajetória da moda revela que o sofrimento estético não é uma novidade. Valerie Steele, historiadora de moda, descreve os corpetes como "símbolos da repressão feminina". Embora Coco Chanel tenha introduzido silhuetas mais soltas nos anos 1920, a pressão para atender a padrões de beleza continua. Celebridades como Zendaya também relataram experiências de imobilidade em vestidos que, embora belos, limitam a liberdade de movimento.

Reflexão sobre Padrões de Beleza

A insistência em usar roupas que causam dor levanta questões sobre a construção social da feminilidade. A consultora de moda Manu Carvalho destaca que meninas aprendem desde cedo que a beleza está atrelada ao sofrimento. Essa mentalidade, embora ainda presente, deve ser questionada em uma sociedade que busca a emancipação feminina.

A moda não deve ser uma prisão, mas sim uma forma de expressão. A busca por beleza não precisa envolver dor ou desconforto. A história da moda deve servir como um alerta, não como inspiração para a repetição de práticas prejudiciais. A verdadeira revolução na moda feminina ainda está por vir, e ela deve ser pautada pelo respeito e pela liberdade.

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