15 de mar 2025
Taxas de turismo crescem na Europa e Ásia para controlar fluxo de visitantes
Butão cobra até 200 dólares diários, visando turismo sustentável e controle. Veneza implementou taxa de 5 euros em 54 dias, mas eficácia é questionada. Maiorca planeja aumentar imposto de hospedagem para 6 euros, sem desestimular turistas. Barcelona arrecada 100 milhões de euros, destinando recursos a projetos públicos. Especialistas alertam que impostos não garantem controle do turismo excessivo.
Estátua do Grande Buda Dordenma, atração turística no Butão (Foto: Raimond Klavins/Unsplash)
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Locais como Butão, Maiorca, Barcelona e Veneza implementaram taxas de visitantes para controlar o turismo excessivo. No Butão, cada turista paga 100 dólares (R$ 578) por dia, um valor elevado que visa promover um turismo sustentável. Maiorca, por sua vez, introduziu um imposto de hospedagem que financia projetos de sustentabilidade, mas não conseguiu desestimular o fluxo de turistas. Em Veneza, a partir de 2024, uma taxa de entrada de 5 euros (R$ 31) será cobrada em 54 dias do ano, embora a eficácia dessa medida ainda seja questionada.
A alta taxa do Butão, conhecida como "Taxa de Desenvolvimento Sustentável", arrecadou 26 milhões de dólares em 2023, revertidos em melhorias para a população local e proteção ambiental. Apesar do custo, a demanda turística se manteve, com 103 mil visitantes no ano, a maioria da Índia. Em Maiorca, o imposto de hospedagem, que varia até 4 euros (R$ 25) por dia, não impediu o aumento do turismo, levando o governo a considerar um aumento para 6 euros (R$ 37).
Em Barcelona, os turistas pagam até 7,50 euros (R$ 46) por dia, enquanto Berlim cobra 7,5% do valor da estadia. A arrecadação em Barcelona, cerca de 100 milhões de euros (R$ 624 milhões), é destinada a projetos que beneficiam a comunidade. Em Amsterdã, o imposto turístico, que gera 260 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão) em 2025, é visto como uma ferramenta para controlar o crescimento do turismo, embora seu efeito dissuasor seja considerado pequeno.
Veneza, após críticas, aumentou o número de dias de cobrança da taxa de entrada. A nova taxa de 10 euros (R$ 62) será aplicada a quem não pagar antecipadamente. O pesquisador Jaume Rosselló observa que, para muitos, viajar é uma necessidade, e a aceitação de impostos depende da percepção de que contribuem para a sustentabilidade do destino. No entanto, o aumento do imposto no Butão resultou em uma queda nas reservas, evidenciando que limites existem mesmo entre os turistas dispostos a pagar por experiências sustentáveis.
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