Chalet girls enfrentam desafios e estereótipos em luxuosos resorts de esqui na Europa

Sophie Crowther, uma nova chef em um luxuoso chalé nos Alpes franceses, enfrentou desafios inesperados em seu primeiro dia de trabalho. Às 7h de uma manhã fria em Les Gets, ela correu para preparar o café da manhã para 25 hóspedes, após uma noite de festa. “Eu estava literalmente vomitando enquanto fazia ovos e bacon”, contou à CNN.

As “chalet girls”, conhecidas por atender os ricos e famosos, têm uma imagem de festas e hedonismo, mas a realidade atual é diferente. A profissão se tornou mais competitiva e profissional, com um aumento na diversidade de gênero entre os trabalhadores. O número de britânicos nessa função diminuiu devido a restrições pós-Brexit, tornando a contratação de cidadãos da União Europeia mais comum.

Historicamente, as “chalet girls” eram vistas como jovens da aristocracia britânica, mas essa percepção está mudando. A demanda por vagas é alta, com empresas recebendo até quinze candidaturas para cada posição. A empresa Consensio Chalets, por exemplo, teve cerca de 2 mil inscrições para 240 vagas na última temporada.

O Brexit alterou o cenário, dificultando a contratação de britânicos. “A presença britânica está diminuindo, pois é mais difícil fazer temporadas”, afirmou uma funcionária anônima. O setor, que já foi muito maior, agora enfrenta uma redução significativa, com a indústria estimando que seu tamanho é apenas 25% do que era há uma década.

Embora a reputação de festas tenha diminuído, os trabalhadores ainda encontram maneiras de relaxar. “Definitivamente, deixamos escapar um pouco de vapor”, disse Crowther. As longas horas e a pressão para atender hóspedes exigem que os funcionários mantenham uma aparência impecável, mesmo após turnos exaustivos.